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o ensino/aprendizagem da produção textual na quinta série

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Enquanto os alunos escrevem, então, a professora, de acordo com o que<br />

propôs para ser feito, limita-se a fazer com que os alunos se recordem <strong>da</strong>s diretrizes <strong>da</strong><strong>da</strong>s<br />

previamente - “não se esqueçam de que o texto deve ser feito em primeira pessoa”, “não<br />

se esqueçam do título”, “eu não falei para caprichar?”<br />

Quanto a esse aspecto, no caso do primeiro texto, por exemplo, confecção<br />

de uma tira à base de recorte de figuras e colagem, os alunos chamam a professora para<br />

mostrar a ela as figuras escolhi<strong>da</strong>s e recorta<strong>da</strong>s e, perante as dúvi<strong>da</strong>s surgi<strong>da</strong>s, expõe em<br />

voz alta:<br />

“Vocês vão desenhar o balãozinho e colar as figuras. Selecionem<br />

os perso<strong>na</strong>gens e organize (sic) as figuras <strong>na</strong> folha. Vocês vão<br />

criar a história desenhando os balões que vocês já conhecem.<br />

Vocês vão escrever dentro dos balões, brincar de escritores.”<br />

Auxiliando os grupos (como já observamos, não se trata especificamente de<br />

uma equipe), a professora explica que os quadrinhos devem estar alinhados, que os alunos<br />

devem utilizar a régua. Mostra a tira do livro didático, enfatizando que os quadrinhos<br />

devem ficar retos em sua base e enfileirados. De carteira em carteira vai apontando os erros<br />

cometidos pelos alunos quanto à organização dos quadrinhos, recortes <strong>da</strong>s figuras,<br />

colagem, disposição dos balões e erros ortográficos.<br />

A correção dos erros ortográficos, em muitos casos, era detecta<strong>da</strong> quando<br />

passava de carteira em carteira, inspecio<strong>na</strong>ndo o trabalho dos alunos. Quando os observava,<br />

então, fazia o aluno apagar a palavra e escrevê-la corretamente. No entanto, sua<br />

preocupação não se limitava a ler os textos dos alunos em busca dos erros ortográficos; ao<br />

passar pelas carteiras procurava observar a organização dos textos, a sua forma. Assim,<br />

quando deparava com alguma irregulari<strong>da</strong>de no tocante à aparência do texto, à caligrafia ou<br />

às marcas de mãos sujas, fazia os alunos apagarem seus escritos e copiarem novamente.<br />

Observamos que, em nenhum momento, a professora interveio nos textos<br />

dos alunos para auxiliá-los <strong>na</strong> organização <strong>da</strong>s idéias, no vocabulário utilizado, nos<br />

elementos coesivos e <strong>na</strong> coerência dos textos. Não efetuou, também, nenhuma explicação<br />

quanto à leitura que o aluno deveria fazer de seu próprio texto no momento em que

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