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o ensino/aprendizagem da produção textual na quinta série

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É evidente que os alunos sabem disso tudo. E, esse conhecimento,<br />

influencia-nos, pois fez com que o material cognitivo com que eles trabalharam em seus<br />

textos fosse o mesmo, o que não ocorreria se a proposta de re<strong>da</strong>ção ensejasse a criação de<br />

um texto com base em experiências pessoais, ou fatos reais de interlocução. Sendo, a<br />

situação comunicativa absolutamente artificial, tendo um interlocutor em que os alunos não<br />

têm <strong>na</strong><strong>da</strong> a dizer, procuram demonstrar um dizer adequado para sua suposta circunstância<br />

de um pretenso ato de comunicação com os irmãos. Não se esquecem, porém, de cumprir<br />

aquilo que eles imagi<strong>na</strong>m ser a expectativa <strong>da</strong> professora, e, por isso, compartilham dos<br />

mesmos argumentos apontados por ela para a <strong>produção</strong> de textos. Retomemos os<br />

fragmentos do texto que nos serve de exemplo para esse tópico:<br />

“Agora que estou sozinho sinto falta de vocês”: a alu<strong>na</strong> acata a sugestão<br />

que a professora dá aos alunos para que pensassem que estavam sozinhos e que estavam<br />

tristes com a ausência deles;<br />

“Eu queria que vocês estivessem aqui para nos irmos comer pipoca, irmos<br />

brincar (...)”: a alu<strong>na</strong> aceita os argumentos considerados adequados, pela professora, para<br />

demonstrar a falta que os irmãos lhe fazem, em momentos em que comem pipoca juntos ou<br />

brincam;<br />

“(...) meus irmãos eu estou sentindo muita falta de voceis é muito bom ficar<br />

em casa para nós sair e muito divertido ficar em casa (...)”: a alu<strong>na</strong> aprova a sugestão <strong>da</strong><br />

professora para que pensassem que estavam em suas casas e que seria muito bom que seus<br />

irmãos estivessem ali. No entanto, para que todos os argumentos apareçam no texto, a<br />

alu<strong>na</strong>, além de repetir o já dito anteriormente, introduz as informações de forma não muito<br />

clara, conforme se pode observar:<br />

“vocês não deviam ter fugido de casa eu estou sentindo muita falta de<br />

voceis”. Novamente repete as informações, incluindo um julgamento sobre a atitude dos<br />

irmãos.<br />

Refletindo sobre o exposto, percebemos que a alu<strong>na</strong> obedece, sem<br />

questio<strong>na</strong>mento, às informações simplistas que valorizam seu texto perante a professora; já

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