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o ensino/aprendizagem da produção textual na quinta série

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“Lemos La Fontaine, Ruth Rocha, Monteiro Lobato, vários textos<br />

que <strong>da</strong>vam opiniões, então, agora vocês... Vejam bem o que vou<br />

dizer. (Aponta para os grupos) Vocês, a Formiga, vocês, a Cigarra.<br />

(Interrompe a explicação). Dá licença um minutinho, eu não<br />

consigo falar. Dá licença S. Calma, você vai ter a sua vez de falar.<br />

Nós vamos fazer uma brincadeira - de júri. Vocês já viram um júri<br />

<strong>na</strong> TV? Como que funcio<strong>na</strong>? O que nós temos no júri? Um juiz, um<br />

advogado de defesa, um de acusação. (Interrompe a fala e diz para<br />

mim): “Tem uma bomba aí para eu soltar aqui <strong>na</strong> sala,<br />

professora?”<br />

Realmente, os alunos estão muito agitados: há ruídos de carteiras, todos<br />

conversando ao mesmo tempo, enfim, uma ver<strong>da</strong>deira algazarra. A professora tenta<br />

acalmá-los e, após, fala:<br />

Esse grupo (aponta para o grupo) vai representar o advogado de<br />

defesa, podem escolher uma pessoa para ser o advogado.<br />

Esse grupo (aponta para o grupo) vai nomear uma pessoa para ser<br />

o advogado de acusação.<br />

Interrompemos o relato para dizer que percebemos que a professora não se<br />

sente muito segura <strong>na</strong> execução <strong>da</strong> ativi<strong>da</strong>de, <strong>na</strong> organização <strong>da</strong>s carteiras, <strong>na</strong> divisão dos<br />

alunos, deixando transparecer isso em suas atitudes e em sua fisionomia. Há hesitações e<br />

pausas para pensar em como desenvolver a tarefa proposta. Após um tempo, fi<strong>na</strong>lmente<br />

decide organizar o júri <strong>da</strong> seguinte forma: escolhe os advogados (dois alunos, um de ca<strong>da</strong><br />

grupo), o juiz, os jurados (cinco alunos), os alunos que fariam o papel <strong>da</strong> cigarra e o <strong>da</strong><br />

formiga e os posicio<strong>na</strong> <strong>na</strong>s carteiras arruma<strong>da</strong>s, de frente para os demais alunos não<br />

escolhidos (estes seriam ape<strong>na</strong>s ouvintes, as pessoas que estariam assistindo, sem se<br />

manifestar). Organiza<strong>da</strong> a sala, orienta os advogados para defenderem os seus clientes. Há<br />

uma boa intenção por parte <strong>da</strong> professora nesta ativi<strong>da</strong>de, que objetiva levar os alunos a<br />

argumentarem, a convencerem os jurados quanto ao trabalho de ca<strong>da</strong> animal. Porém, os<br />

advogados escolhidos não se manifestam como deveriam, não rebatem os argumentos do<br />

outro, ape<strong>na</strong>s lançam mão de uma idéia sobre o animal a ser defendido e param por aí. A<br />

professora tenta motivá-los, dizendo:<br />

Vocês devem mostrar quem tem razão. Vocês têm que convencer os<br />

jurados para depois eles votarem, para decidirem qual de vocês<br />

tem razão.

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