08.05.2013 Views

o ensino/aprendizagem da produção textual na quinta série

o ensino/aprendizagem da produção textual na quinta série

o ensino/aprendizagem da produção textual na quinta série

SHOW MORE
SHOW LESS

You also want an ePaper? Increase the reach of your titles

YUMPU automatically turns print PDFs into web optimized ePapers that Google loves.

155<br />

Trava-se, então, uma intensa discussão entre ambas. A professora exige,<br />

orde<strong>na</strong> de modo severo para que a alu<strong>na</strong> pegue a re<strong>da</strong>ção do lixo e a ameaça dizendo que<br />

ficaria sem nota e que chamaria seus pais para uma conversa. A alu<strong>na</strong>, no entanto, se<br />

mostra irredutível e não obedece à professora. A ca<strong>da</strong> ameaça se mostra indiferente,<br />

balança os ombros para dizer que não se importava com as conseqüências. Passado algum<br />

tempo, então, a professora pega a folha do lixo, desamassa-a e a coloca entre as demais.<br />

O incidente relatado acima parece confirmar a afirmação de Geraldi<br />

(1997:65) quando fala que o exercício de re<strong>da</strong>ção, <strong>na</strong> escola, é um martírio para os<br />

professores e para os alunos. Com relação ao professor, diz que este se decepcio<strong>na</strong> ao “ver<br />

textos mal redigidos, aos quais ele havia feito sugestões, corrigido, tratado com carinho.<br />

No fi<strong>na</strong>l o aluno nem relê o texto com as anotações. Muitas vezes o atira ao cesto de lixo<br />

assim que o recebe.”<br />

Mas, voltando à prática pe<strong>da</strong>gógica <strong>da</strong> professora, entristece-nos dizer que<br />

não houve nenhum trabalho de reestruturação de textos que aju<strong>da</strong>ria o aluno <strong>na</strong>s suas<br />

dificul<strong>da</strong>des de <strong>produção</strong> escrita, tentando familiarizá-lo com a linguagem escrita <strong>na</strong> sua<br />

forma padrão. De que adianta ape<strong>na</strong>s diagnosticar a deficiência lingüística do aluno em seu<br />

texto escrito, se não há preocupação em atuar sobre ela contribuindo, assim, para que o<br />

problema se amenize?<br />

Mais uma vez, então, percebemos incoerências entre o dizer e o fazer <strong>da</strong><br />

professora. Perguntamos a ela:<br />

“Você poderia esquematizar as principais dificul<strong>da</strong>des demonstra<strong>da</strong>s<br />

pelos alunos <strong>na</strong> <strong>produção</strong> de textos?” (pergunta de n. 11, questionário -anexo E).<br />

E a sua resposta foi a seguinte:<br />

“Seqüência de idéias, critérios de <strong>na</strong>rração, vocabulário pobre e<br />

falta de domínio dos si<strong>na</strong>is de pontuação”.

Hooray! Your file is uploaded and ready to be published.

Saved successfully!

Ooh no, something went wrong!