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o ensino/aprendizagem da produção textual na quinta série

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si<strong>na</strong>is, confeccio<strong>na</strong>dos com isopor. Para isso, ia apresentando um si<strong>na</strong>l de ca<strong>da</strong> vez - o<br />

ponto fi<strong>na</strong>l, o ponto de exclamação, o ponto de interrogação, a vírgula, o travessão -<br />

dramatizando as suas falas. Os si<strong>na</strong>is de pontuação eram perso<strong>na</strong>gens que se anunciavam,<br />

explicando para que serviam. Vejamos um exemplo de como a professora conduzia essa<br />

ativi<strong>da</strong>de ao mostrar um si<strong>na</strong>l de pontuação:<br />

“Olá! Eu sou o ponto fi<strong>na</strong>l. Vocês me conhecem? Olhem como sou<br />

bonitinho. Sou gordinho e fácil de fazer. Eu sou muito importante,<br />

viu? Vocês devem me usar to<strong>da</strong> a vez que termi<strong>na</strong>rem uma frase e<br />

forem começar outra(...) Não se esqueçam de mim, viu?”<br />

Percebemos que os alunos se divertiram muito com a ativi<strong>da</strong>de, pois a<br />

maneira com que a professora apresentou os si<strong>na</strong>is foi, realmente, muito criativa: a todo<br />

si<strong>na</strong>l apresentado mu<strong>da</strong>va o tom de voz, para mais fi<strong>na</strong>, mais grossa, etc... . A ativi<strong>da</strong>de foi<br />

muito interessante, porém apresentou-se descon<strong>textual</strong>iza<strong>da</strong> e artificial, uma vez que a<br />

verbalização <strong>da</strong>s regras dos si<strong>na</strong>is de pontuação se deu sem a análise <strong>da</strong>s relações entre a<br />

fala e a escrita, para que se estabelecesse a descoberta do uso efetivo desses recursos<br />

gráficos <strong>na</strong> escrita.<br />

Termi<strong>na</strong><strong>da</strong> essa etapa, a professora, novamente, apresenta um texto para ser<br />

copiado, só que, desta vez, passa-o no quadro. O texto, “Quem é importante”, cujo<br />

conteúdo se refere aos si<strong>na</strong>is de pontuação, é retirado de um outro livro didático, o qual não<br />

se passou a especificação de sua fonte bibliográfica. Pela sua extensão, os alunos passam a<br />

reclamar ao copiá-lo, dizendo que estavam exaustos e que o texto “não acabava nunca”.<br />

Vimos, nesse momento, quão enfadonha tor<strong>na</strong>va-se a ativi<strong>da</strong>de para os alunos; quão<br />

improdutiva e sem sentido era realiza<strong>da</strong>, e mesmo em meio às insatisfações dos alunos era<br />

imposta, orde<strong>na</strong><strong>da</strong>. Para nosso espanto, o texto nem ao menos é lido ou explorado quanto<br />

ao seu conteúdo. Ficou-nos a impressão de que devido ao fato de se tratar de uma história<br />

em que os perso<strong>na</strong>gens são os si<strong>na</strong>is de pontuação, a professora julgou prazeroso, para os<br />

alunos, registrar, de uma forma menos convencio<strong>na</strong>l, o conteúdo ensi<strong>na</strong>do.<br />

Fi<strong>na</strong>lmente, pede aos alunos para que abram, novamente, o livro <strong>na</strong> pági<strong>na</strong><br />

72 e, a partir desse ato, desenrola-se a terceira proposta de re<strong>da</strong>ção.

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