o ensino/aprendizagem da produção textual na quinta série
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“Certo dia eu estava passando perto de uma escola muito bonita e eu<br />
queria entrar mas eu estava com vergonha porque eu estava todo sujo.”<br />
(fragmento do texto 5.10)<br />
“Certo dia eu estava pasando emfrente uma escola e lá estava todos os<br />
alunos brincando no pátio <strong>da</strong> escola, e eu fiquei com muita vontade de ir lá com eles<br />
brincar mas eu estava sujo e com a roupa rasga<strong>da</strong> e não queria entrar lá.<br />
(fragmento do texto 5.14)<br />
“Certo dia eu estava passando em frente de uma escola tão bonita um<br />
monte vários de menino e meni<strong>na</strong>s que estavam brincando.”<br />
(fragmento do texto 5.15)<br />
“Certo dia estava passando perto de uma escola quando vi os alunos<br />
brincando e pensei: como seria gostoso brincar junto com eles, ...”<br />
Há, nessas passagens, o desvelamento <strong>da</strong> fala <strong>da</strong> professora, <strong>da</strong>s<br />
informações por ela coloca<strong>da</strong>s como propulsora <strong>da</strong> <strong>produção</strong> dos textos. Não temos<br />
dúvi<strong>da</strong>s de que o conteúdo dito é uma re<strong>produção</strong>, não fosse assim, como explicar as<br />
visíveis semelhanças de informações, de expressões e de representações do mundo? A<br />
homogenei<strong>da</strong>de é tão flagrante que os textos parecem ter sido produzidos por uma só<br />
“cabeça”, por um mesmo aluno. É impressio<strong>na</strong>nte que, embora tenham sido produzidos por<br />
alunos diferentes, que possuem experiências diferencia<strong>da</strong>s, e que, no momento <strong>da</strong> escrita,<br />
não tenham tido acesso aos textos dos colegas para copiá-los, sejam tão parecidos no que<br />
dizem.<br />
Diante disso, o aluno é impossibilitado de desvelar sua individuali<strong>da</strong>de, de<br />
expor o seu conhecimento de mundo, de divergir em suas declarações.<br />
O ponto de vista do aluno é tolhido, visto que o que vale para medir a sua<br />
competência escrita, são as regras impostas, e não a liber<strong>da</strong>de do que ele realmente quer<br />
dizer. Essa afirmação é atesta<strong>da</strong> nos textos abaixo: