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o ensino/aprendizagem da produção textual na quinta série

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Ain<strong>da</strong> que a escola admita a existência <strong>da</strong> variação lingüística, vendo a<br />

língua padrão dentro dos moldes a que vimos discorrendo, os estudos revelam que há,<br />

ain<strong>da</strong>, uma grande distância a ser percorri<strong>da</strong> para que se efetive, <strong>na</strong> prática, em especial no<br />

<strong>ensino</strong> de <strong>produção</strong> <strong>textual</strong>, ativi<strong>da</strong>des que não levem a visões de uma linguagem boa ou<br />

má, melhor ou pior. Infelizmente, várias pesquisas mostram que ain<strong>da</strong> predomi<strong>na</strong>, <strong>na</strong><br />

escola de <strong>ensino</strong> fun<strong>da</strong>mental, posturas radicais que buscam nos textos dos alunos formas<br />

ou estruturas “erra<strong>da</strong>s”, ou seja, que se diferem <strong>da</strong> <strong>produção</strong> lingüística estabeleci<strong>da</strong> pela<br />

gramática normativa. Quando isso ocorre, a escola limita, dessa forma, as variações de<br />

<strong>produção</strong> lingüística, sendo artificialmente alheia a to<strong>da</strong>s as varie<strong>da</strong>des de uso lingüístico<br />

possível, até mesmo dos usos variados <strong>da</strong> norma culta.<br />

1.2.2.2 A língua fala<strong>da</strong> e a língua escrita<br />

A consciência <strong>da</strong>s especifici<strong>da</strong>des <strong>da</strong> fala em contraposição à escrita é um<br />

fator altamente relevante aos profissio<strong>na</strong>is que atuam <strong>na</strong> área de <strong>ensino</strong> <strong>da</strong> língua mater<strong>na</strong>.<br />

A língua escrita tem sido vista como uma representação gráfica ou uma<br />

simples transposição <strong>da</strong> língua oral. Gnerre (1978:46) não concor<strong>da</strong> com esse ponto de<br />

vista:<br />

39<br />

(...) escrever nunca foi e nunca vai ser a mesma coisa que falar: é<br />

uma operação que influi necessariamente <strong>na</strong>s formas escolhi<strong>da</strong>s e<br />

nos conteúdos referenciais. A escrita é o resultado histórico<br />

indireto de oposição entre grupos sociais que eram e são<br />

“usuários” de uma certa varie<strong>da</strong>de.<br />

Realmente, a escrita não pode ser considera<strong>da</strong> o simples registro <strong>da</strong>s<br />

manifestações orais, já que ela foi e é marca<strong>da</strong> ou manipula<strong>da</strong> pelos segmentos mais<br />

favorecidos <strong>da</strong> socie<strong>da</strong>de. Assim, ela se relacio<strong>na</strong> ao padrão culto <strong>da</strong> língua que, como<br />

vimos, é o modelo que se sobrepõe aos demais dialetos e que é usado para avaliá-los.

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