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o ensino/aprendizagem da produção textual na quinta série

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Na discussão sobre a dificul<strong>da</strong>de de os alunos se manifestarem por escrito,<br />

Silva ... et al (1986:52) assim se expressam:<br />

11<br />

(...) se há alguma “incompetência” dos alunos para se<br />

manifestarem por escrito, parece que essa “incompetência” é<br />

produzi<strong>da</strong> no interior <strong>da</strong> própria escola. Seus textos, com seus<br />

problemas, erros e acertos, idéias e expressões estereotipa<strong>da</strong>s, sua<br />

“falta de origi<strong>na</strong>li<strong>da</strong>de”, se explicam pelas condições de sua<br />

<strong>produção</strong>, isto é, pelo conjunto de elementos que orientam a<br />

<strong>produção</strong> escrita <strong>na</strong> escola.<br />

Segundo Costa Val (1994:126), a orientação escolar é falha, pois:<br />

(...) durante o período escolar, se alia a artificiali<strong>da</strong>de <strong>da</strong>s<br />

condições mais freqüentes de <strong>produção</strong> de re<strong>da</strong>ção (escrever sem<br />

se preparar, sobre um tema imposto, para um recebedor<br />

indesejado que não será leitor, mas juiz, dentro de um prazo curto<br />

e predetermi<strong>na</strong>do, sem possibili<strong>da</strong>de de revisão e reelaboração do<br />

próprio texto). O resultado é uma concepção errônea, i<strong>na</strong>dequa<strong>da</strong>,<br />

do próprio ato de escrever.<br />

Além dessas obras, outras merecem destaque e serão cita<strong>da</strong>s no decorrer do<br />

trabalho. Por ora, as questões levanta<strong>da</strong>s já propagam o ponto de vista que orientou a nossa<br />

pesquisa.<br />

Norteados pela hipótese de que, <strong>na</strong> reali<strong>da</strong>de, o desempenho escrito do<br />

discente retrata, de modo significativo, a imagem real do processo escolar a que ele foi<br />

submetido, inserindo-se, aí, a ênfase que a escola dá ao <strong>ensino</strong> <strong>da</strong> <strong>produção</strong> de textos,<br />

contornos mais amplos, que ultrapassam a simples constatação do fracasso, ganham<br />

relevância. Emerge, desse contexto problemático, a necessi<strong>da</strong>de de a<strong>na</strong>lisarmos o processo<br />

de <strong>ensino</strong>/<strong>aprendizagem</strong> <strong>da</strong> <strong>produção</strong> de textos escritos propicia<strong>da</strong> pela escola para que<br />

possamos aprofun<strong>da</strong>r o conhecimento <strong>da</strong>s causas pelas quais não se tem assegurado aos<br />

alunos <strong>da</strong> escola pública o manejo eficiente do código lingüístico <strong>na</strong> sua forma escrita.<br />

Para ingressar nessa área, então, elegemos uma <strong>quinta</strong> <strong>série</strong> do <strong>ensino</strong><br />

fun<strong>da</strong>mental, de uma escola pública <strong>da</strong> região Noroeste do Estado do Paraná, como lugar<br />

de interesse para focalizar os seguintes objetivos:

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