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o ensino/aprendizagem da produção textual na quinta série

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uni<strong>da</strong>des e regras que constituem a língua, isto é, afastou o<br />

indivíduo falante do processo de <strong>produção</strong>, do que é social e<br />

histórico <strong>na</strong> língua. Essa é uma visão monológica e imanente <strong>da</strong><br />

língua, que a estu<strong>da</strong> segundo uma perspectiva formalista - que<br />

limita esse estudo ao funcio<strong>na</strong>mento interno <strong>da</strong> língua - e que<br />

separa o homem no seu contexto social.<br />

1.2.1.3 Terceira concepção: a linguagem é uma forma ou<br />

um processo de interação<br />

Segundo Travaglia (op.cit.: 23), “nessa concepção, o que o indivíduo faz<br />

ao usar a língua não é tão-somente traduzir e exteriorizar um pensamento ou transmitir<br />

informações a outrem, mas sim realizar ações, agir, atuar sobre o interlocutor<br />

(ouvinte/leitor)”. Nesse enfoque, a concepção interacionista <strong>da</strong> linguagem contrapõe-se à<br />

conceituação de língua como um objeto autônomo, sem história e sem interferência do<br />

social, pois, para ela, não enfatizar esses aspectos não é condizente com a reali<strong>da</strong>de <strong>na</strong> qual<br />

estamos inseridos. Ao contrário <strong>da</strong>s concepções anteriores, esta terceira concepção situa a<br />

linguagem como lugar de interação huma<strong>na</strong>, como lugar de constituição de relações<br />

sociais. Dessa forma, ela representa as correntes e teorias de estudo <strong>da</strong> língua<br />

correspondentes à lingüística <strong>da</strong> enunciação (Lingüística Textual, Teoria do Discurso,<br />

Análise do Discurso, Análise <strong>da</strong> Conversação, Semântica Argumentativa, e todos os<br />

estudos ligados à Pragmática), que colocam no centro <strong>da</strong> reflexão o sujeito <strong>da</strong> linguagem,<br />

as condições de <strong>produção</strong> do discurso, o social, as relações de sentido estabeleci<strong>da</strong>s entre<br />

os interlocutores, a dialogia, a argumentação, a intenção, a ideologia, a historici<strong>da</strong>de <strong>da</strong><br />

linguagem, etc.<br />

A linguagem se faz, pois, pela interação comunicativa media<strong>da</strong> pela<br />

<strong>produção</strong> de efeitos de sentido entre interlocutores, em uma <strong>da</strong><strong>da</strong> situação e em um<br />

contexto sócio-histórico e ideológico, sendo que os interlocutores são sujeitos que ocupam<br />

lugares sociais.<br />

Como se vê, instaura-se, nesta perspectiva, a ultrapassagem de questões que<br />

envolvam ape<strong>na</strong>s descrições ou explicações estruturais <strong>da</strong> língua, que privilegiam tão<br />

somente a forma <strong>da</strong>s palavras ou a sintaxe <strong>da</strong> língua, independentemente de seu uso. Em

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