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o ensino/aprendizagem da produção textual na quinta série

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Sobre essa questão, o Currículo Básico para a Escola Pública do Estado do<br />

Paraná (1990:56) assim se posicio<strong>na</strong>:<br />

83<br />

O ponto de parti<strong>da</strong> para se repensar a escrita é ter presente, no ato<br />

de escrever, a noção de interlocutor, isto é, ter o perfil <strong>da</strong>quele que<br />

vai ler nossos escritos, mesmo que não o conheçamos. É esse<br />

interlocutor, virtual, que vai condicio<strong>na</strong>r parte de nossa<br />

linguagem; é a imagem que fazemos dele que nos levará a fazer<br />

determi<strong>na</strong><strong>da</strong> opção no que diz respeito ao assunto e a maneira de<br />

expô-lo. A ausência do interlocutor pode nos causar algumas<br />

dificul<strong>da</strong>des: não temos outro recurso, além <strong>da</strong> linguagem verbal,<br />

para complementar ou a<strong>da</strong>ptar nossa mensagem. Neste sentido, é<br />

necessário assumirmos o papel <strong>da</strong>quele que irá ler o nosso escrito,<br />

julgando-o e reescrevendo-o sempre <strong>na</strong> busca de maior clareza.<br />

A influência do interlocutor <strong>na</strong> <strong>produção</strong> de textos é um fato inquestionável.<br />

Essa assertiva é comprova<strong>da</strong> por pesquisas. Menegassi (1997), investigando se a<br />

determi<strong>na</strong>ção do interlocutor influencia <strong>na</strong> <strong>produção</strong> de textos de professores, atesta a<br />

proposição acima. Segundo ele (op. cit.:124), a determi<strong>na</strong>ção de interlocutores foi refleti<strong>da</strong><br />

nos textos produzidos por três características: “determi<strong>na</strong>ção de uma estrutura <strong>textual</strong><br />

adequa<strong>da</strong> ao interlocutor delimitado, emprego de linguagem adequa<strong>da</strong> ao interlocutor e<br />

ao órgão de divulgação do texto e definição <strong>da</strong>s informações a serem apresenta<strong>da</strong>s.” Para<br />

o autor, quando não se considera, explicitamente, um interlocutor para o texto produzido,<br />

este apresenta “muitas informações sobre o tema, generaliza o interlocutor, tor<strong>na</strong>ndo-se um<br />

texto menos atrativo”.<br />

É preciso, então, oferecer aos alunos oportuni<strong>da</strong>des de aprenderem a<br />

escrever em condições semelhantes às que caracterizam a escrita fora <strong>da</strong> escola. Os usos <strong>da</strong><br />

escrita fora <strong>da</strong> escola se associam à questão dos desti<strong>na</strong>tários, que podem ser pessoas<br />

estranhas, defini<strong>da</strong>s, colegas, amigos, familiares, e, até mesmo o próprio escritor. Neste<br />

último, a escrita é instituí<strong>da</strong> como necessi<strong>da</strong>de própria do escritor. É o caso, por exemplo<br />

dos diários, poesias, anotações, registros de idéias e auto-expressão, etc.

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