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o ensino/aprendizagem da produção textual na quinta série

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reais de comunicação que poderiam gerar interações sociais, prevalecendo a abor<strong>da</strong>gem<br />

tradicio<strong>na</strong>l de ensi<strong>na</strong>r e de aprender.<br />

Geraldi (1995:162), como se recor<strong>da</strong>, diz que os alunos devem encontrar<br />

motivação inter<strong>na</strong> para o trabalho proposto, caso contrário, estarão realizando uma tarefa a<br />

ser cumpri<strong>da</strong>. Sendo assim, julgamos que os alunos, através de seus textos, praticaram uma<br />

ativi<strong>da</strong>de re<strong>da</strong>cio<strong>na</strong>l, pois eles não tencio<strong>na</strong>ram escrever a fim de manter uma relação<br />

concreta de interação social.<br />

Ficamos imagi<strong>na</strong>ndo a situação desconfortável em que os alunos se<br />

encontravam quando <strong>da</strong>s solicitações para escreverem os textos sem que houvesse um<br />

motivo justificável para o fazê-lo. Qual a razão de terem que escrever? Qual o estímulo?<br />

Quando perguntamos à professora “Quais os métodos que você utiliza para estimular<br />

seus alunos a escreverem?” (pergunta de n. 6, questionário-anexo E), ela nos responde<br />

que os estimula “através de histórias infantis, roteiros, dramatização e comentários sobre<br />

o tema”. Diante dessa resposta, somos obrigados a refletir sobre a negligência em não se<br />

proporcio<strong>na</strong>r aos alunos situações reais de interlocução em que, de fato, teriam uma razão<br />

significativa para produzir um texto. Na pergunta de número 14, “Qual a sua opinião<br />

sobre o problema de os alunos não conseguirem um bom desempenho comunicativo<br />

<strong>na</strong> mo<strong>da</strong>li<strong>da</strong>de escrita?”, a professora responde-nos: “Um dos maiores problema (sic) é a<br />

falta de leitura e interesse por ativi<strong>da</strong>des e conteúdos que a escola lhe (sic) proporcio<strong>na</strong>m<br />

(sic)”. Sem dúvi<strong>da</strong>, a professora detectou um dos maiores problemas com a <strong>produção</strong><br />

<strong>textual</strong> <strong>na</strong> escola: a falta de interesse dos alunos por ativi<strong>da</strong>des e conteúdos que a escola<br />

lhes proporcio<strong>na</strong>. Mas, se ela consegue diagnosticar o porquê <strong>da</strong> falha, por que não tenta<br />

mu<strong>da</strong>r esse quadro deficiente? Se sabe que os alunos não se sentem motivados e<br />

interessados em produzir um texto <strong>na</strong> mo<strong>da</strong>li<strong>da</strong>de escrita e isso é um fator agravante para<br />

que eles não consigam desenvolver a competência comunicativa escrita, porque persiste em<br />

ativi<strong>da</strong>des e conteúdos que não lhes despertam a motivação inter<strong>na</strong>? Eles precisam de uma<br />

razão, de um motivo, de uma justificativa, para responder ao “para que estamos<br />

escrevendo?”, ao “por que temos de escrever?”, que não os leve a pensar que os seus textos<br />

servem somente para obedecer à solicitação do professor ou para que o professor corrija e<br />

dê nota, ou ain<strong>da</strong>, para que possam mostrar que sabem escrever e para que possam passar<br />

de ano.

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