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o ensino/aprendizagem da produção textual na quinta série

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e) histórica: com freqüência, o critério para excluir formas e usos<br />

<strong>da</strong> norma culta é a tradição. (...) Inclui-se também nesse caso a<br />

concepção <strong>na</strong>turalista <strong>da</strong> língua, que a considera um organismo<br />

vivo que <strong>na</strong>sce, se desenvolve e pode entrar em decadência,<br />

juntamente com a socie<strong>da</strong>de que dele não cui<strong>da</strong> adequa<strong>da</strong>mente,<br />

não atende à tradição, comete o pecado do erro e juntamente com<br />

sua linguagem se deteriora, definha, acaba.<br />

Como vimos, a gramática tradicio<strong>na</strong>l, normativa, tem seu objetivo<br />

centralizado em prescrever normas ou ditar regras de correção para o uso <strong>da</strong> linguagem<br />

culta.<br />

As línguas, nesse caso, obedecem a princípios gerais racio<strong>na</strong>is, lógicos, e a<br />

linguagem é regi<strong>da</strong> por esses princípios. Se é assim, impõem-se a exigência de que os<br />

falantes a usem com clareza e precisão, pois idéias claras e distintas devem ser expressas<br />

de forma lógica, precisa, sem equívocos e sem ambigüi<strong>da</strong>des, buscando, assim, a perfeição.<br />

Nesta tendência que enre<strong>da</strong> o pensamento lingüístico, portanto, observa-se a<br />

relação psíquica entre linguagem e pensamento, caracterizando a linguagem como algo<br />

individual, centra<strong>da</strong> <strong>na</strong> capaci<strong>da</strong>de mental do indivíduo. Discorrendo sobre essa concepção<br />

de linguagem, Travaglia (op.cit.: 22) diz:<br />

(...) para essa concepção, o modo como o texto, que se usa em ca<strong>da</strong><br />

situação de interação comunicativa, está constituído não depende<br />

em <strong>na</strong><strong>da</strong> de para quem se fala, em que situação se fala (onde,<br />

como, quando), para que se fala.<br />

As dificul<strong>da</strong>des de expressão, o discurso que se materializa no texto<br />

independem <strong>da</strong> situação de interação comunicativa, dos fenômenos sociais, culturais e<br />

históricos. Se há algum desvio quanto às regras que organizam o pensamento e a<br />

linguagem, ele só pode ser explicado pela incapaci<strong>da</strong>de de o ser humano pensar e<br />

racioci<strong>na</strong>r logicamente.

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