o ensino/aprendizagem da produção textual na quinta série
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<strong>da</strong> <strong>textual</strong>i<strong>da</strong>de - subjaz não só à inter<strong>textual</strong>i<strong>da</strong>de, mas a todos os critérios de <strong>textual</strong>i<strong>da</strong>de<br />
propostos por Beaugrande & Dressler (1981).<br />
Em obra mais recente, (1996:17), a autora afirma que a partir do momento<br />
em que se enfatizou a função social <strong>da</strong> linguagem, esta passou “a ser encara<strong>da</strong> como<br />
forma de ação, ação sobre o mundo dota<strong>da</strong> de intencio<strong>na</strong>li<strong>da</strong>de, veiculadora de<br />
ideologia, caracterizando-se, portanto, pela argumentativi<strong>da</strong>de”. Partindo do postulado,<br />
então, de que a argumentativi<strong>da</strong>de está inscrita no uso <strong>da</strong> linguagem, diz que a<br />
argumentação constitui ativi<strong>da</strong>de estruturante de todo e qualquer discurso, já que a<br />
progressão deste se dá, justamente, por meio de articulações argumentativas, de modo<br />
que se deve considerar a orientação argumentativa dos enunciados que compõem um texto<br />
como fator básico não só de coesão mas principalmente de coerência de <strong>textual</strong>.” (p. 23)<br />
1.2.4.3.6 Intencio<strong>na</strong>li<strong>da</strong>de e aceitabili<strong>da</strong>de<br />
Continuando ao exame dos padrões centrados <strong>na</strong> relação produtor/receptor<br />
de textos, temos a intencio<strong>na</strong>li<strong>da</strong>de e a aceitabili<strong>da</strong>de. A intencio<strong>na</strong>li<strong>da</strong>de diz respeito às<br />
formas pelas quais os produtores de textos os utilizam para manifestar suas intenções. Esse<br />
fator, segundo Costa Val (1997:10):<br />
62<br />
“concerne ao empenho do produtor em construir um discurso<br />
coerente, coeso e capaz de satisfazer os objetivos que tem em mente<br />
numa determi<strong>na</strong><strong>da</strong> situação comunicativa. A meta pode ser<br />
informar, ou impressio<strong>na</strong>r, ou alarmar, ou convencer, ou pedir, ou<br />
ofender, etc., e é ela que vai orientar a confecção do texto.”<br />
Koch (1996: 24) explica que se as significações instituí<strong>da</strong>s em ca<strong>da</strong><br />
enunciação são múltiplas, já que, ao produzir um enunciado o falante pode manifestar<br />
varia<strong>da</strong>s intenções, não se pode pretender que haja uma única interpretação váli<strong>da</strong>. O<br />
conceito de intenção é, segundo ela: