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o ensino/aprendizagem da produção textual na quinta série

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1.2.5.2.2 Ter uma razão para dizer o que se tem a dizer<br />

Para que o aluno produza um texto é necessário que haja motivação, ou<br />

seja, são necessárias razões que o levem a encontrar sentido para o seu dizer. Isso nos<br />

leva a in<strong>da</strong>gar sobre o objetivo, sobre o motivo real a que se presta o texto do aluno.<br />

A questão que se coloca aqui é estimular o aluno a expressar seus<br />

sentimentos, seus pensamentos, suas expectativas, seus valores, suas experiências pessoais,<br />

suas opiniões, suas intenções, suas idéias, etc. para que gerem interações sociais. As razões<br />

que levam o aluno a escrever devem, pois, se relacio<strong>na</strong>r às situações reais de comunicação,<br />

ao uso funcio<strong>na</strong>l <strong>da</strong> linguagem escrita. A resposta à questão que, <strong>na</strong> prática pe<strong>da</strong>gógica,<br />

devemos sempre formular “Para que serve o texto que o aluno produz?” deve se associar<br />

ao uso prático e à função social <strong>da</strong> linguagem escrita. Isso se faz, então, através de<br />

propostas concretas e significativas de <strong>produção</strong>.<br />

Geraldi (ibid.:162) salienta que os alunos devem encontrar motivação<br />

inter<strong>na</strong> para o trabalho proposto, caso contrário não realizarão um trabalho, mas uma tarefa<br />

a ser cumpri<strong>da</strong>. Pensamos que essa motivação é desperta<strong>da</strong> quando o aluno pretende<br />

envolver o leitor com o conteúdo de seu texto.<br />

O envolvimento do leitor pode se <strong>da</strong>r de várias formas, dependendo <strong>da</strong><br />

intenção do autor. Assim, o autor pode ter a intenção de influenciar, informar, divertir,<br />

persuadir, denunciar, desabafar mágoas, exteriorizar emoções, sentimentos, idéias,<br />

exprimir opiniões, participar de uma discussão, intervir num debate social, registrar suas<br />

vivências e experiências concretas, fazer o leitor agir ou, entre outras possibili<strong>da</strong>des,<br />

simplesmente evocar nele reflexões.<br />

Diante <strong>da</strong>s inúmeras razões possíveis que levam o aluno a dizer o que julga<br />

importante, a prática escolar, calca<strong>da</strong> nesses moldes, se distancia <strong>da</strong>s ativi<strong>da</strong>des re<strong>da</strong>cio<strong>na</strong>is<br />

em que o aluno, obediente à tarefa imposta pelo professor, procura mostrar que sabe<br />

escrever. A situação artificial de se pedir ao aluno que escreva sobre o que lhe foi ensi<strong>na</strong>do,<br />

visando ape<strong>na</strong>s medir o seu desempenho escrito mediante a busca dos inúmeros erros de<br />

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