08.05.2013 Views

o ensino/aprendizagem da produção textual na quinta série

o ensino/aprendizagem da produção textual na quinta série

o ensino/aprendizagem da produção textual na quinta série

SHOW MORE
SHOW LESS

You also want an ePaper? Increase the reach of your titles

YUMPU automatically turns print PDFs into web optimized ePapers that Google loves.

190<br />

Perante o alto índice de ocorrências desse tipo de problema, vemos que a<br />

apresentação do universo de si<strong>na</strong>is de pontuação, feita pela professora (ver 2.1.1.1.2,<br />

situação 2) de maneira descon<strong>textual</strong>iza<strong>da</strong> e artificial, não surtiu o efeito esperado, isto é,<br />

não permitiu que os alunos aprendessem o seu uso. Não podemos, nesse caso, culpar os<br />

alunos pela não identificação <strong>da</strong> estrutura do diálogo. O destaque <strong>da</strong>do pela professora ao<br />

que se refere à pontuação e às convenções <strong>da</strong> escrita se restringiu ao trabalho de apresentá-<br />

los como simples si<strong>na</strong>is gráficos e não como uma configuração cujo sentido é construído<br />

<strong>na</strong> interlocução. Esquecendo-se que não basta apresentar o elenco de si<strong>na</strong>is de pontuação<br />

para garantir a eficiência no seu uso escrito numa situação de interlocução, não se<br />

possibilitou ao aluno articular pontuação e enunciação. É inconcebível pois, que, mesmo<br />

após perceber, através dos textos, que os alunos se acham despreparados para o uso dos<br />

si<strong>na</strong>is de pontuação não se suscita uma discussão para a reflexão sobre a linguagem, não<br />

havendo, então, intervenções de autocorreção, de codificação, de reestruturação e reescrita.<br />

Impressio<strong>na</strong>nte, ain<strong>da</strong>, é lembrar que a professora sabe quais são as principais dificul<strong>da</strong>des<br />

demonstra<strong>da</strong>s pelos alunos <strong>na</strong> <strong>produção</strong> de textos, visto que <strong>na</strong> pergunta de número 11, do<br />

questionário (anexo E), ela aponta esse problema em sua resposta: “seqüência de idéias,<br />

critérios de <strong>na</strong>rração, vocabulário pobre e falta de domínio dos si<strong>na</strong>is de pontuação.”<br />

Outro fato que merece ser considerado refere-se à escolha do gênero <strong>textual</strong><br />

para a <strong>produção</strong> dos textos gerados pela segun<strong>da</strong> proposta de <strong>produção</strong> (ver 2.1.1.4.2).<br />

Como já comentamos, os alunos não estiveram em contato com a estrutura composicio<strong>na</strong>l<br />

de uma carta e podem não saber, então, quais os elementos necessários que nela se<br />

infiltram para estabelecer uma interlocução à distancia. Embora não haja, <strong>na</strong> proposta, o<br />

termo carta, ele está subentendido no enunciado <strong>da</strong> proposta: “Imaginem que seus irmãos<br />

tenham fugido de casa. Escrevam (uma carta) para eles pedindo que eles voltem.”<br />

Decorrente <strong>da</strong> não-observância dessa categoria de texto, e de sua não-<br />

explicitação, os alunos utilizam estratégias que vêm ao encontro <strong>da</strong>s ativi<strong>da</strong>des re<strong>da</strong>cio<strong>na</strong>is<br />

a que estão acostumados, mostrando-nos, pois, ou que não entenderam a proposta ou que<br />

realmente não sabem escrever uma carta: colocam título <strong>na</strong> re<strong>da</strong>ção, determi<strong>na</strong>m quem é o<br />

autor e a editora (ver textos em anexo), e muitos escrevem o texto como se não tivessem

Hooray! Your file is uploaded and ready to be published.

Saved successfully!

Ooh no, something went wrong!