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o ensino/aprendizagem da produção textual na quinta série

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proposições de alter<strong>na</strong>tivas e práticas diferencia<strong>da</strong>s para o <strong>ensino</strong>/<strong>aprendizagem</strong> <strong>da</strong><br />

<strong>produção</strong> <strong>textual</strong>, ilumi<strong>na</strong><strong>da</strong>s pela concepção interacionista começam, então, a tomar<br />

espaço <strong>na</strong>s pesquisas lingüísticas. Contrapondo-se às visões conservadoras <strong>da</strong> língua, essa<br />

abor<strong>da</strong>gem direcio<strong>na</strong> a prática pe<strong>da</strong>gógica a encarar a plurali<strong>da</strong>de dos discursos.<br />

Como diz Citelli (1994:16):<br />

Se o professor pensa o <strong>ensino</strong> <strong>da</strong> língua a partir de uma referência<br />

interacio<strong>na</strong>l (inter-ação), saberá radicalizar o aspecto dialógico e<br />

trabalhará o seu discurso como um entre vários, no meio dos quais<br />

estarão aqueles dos alunos que vivem experiências culturais<br />

diferencia<strong>da</strong>s, que falam sobre o mundo a partir de lugares<br />

múltiplos, que operam variáveis lingüísticas nem sempre afi<strong>na</strong><strong>da</strong>s<br />

com a do mestre. (...), o <strong>ensino</strong> <strong>da</strong> língua, terá que refletir, (...), a<br />

dinâmica do confronto inter e intradiscursivo e não ape<strong>na</strong>s<br />

considerar a variável linearmente codifica<strong>da</strong> pela gramática<br />

padrão como a única a ser valoriza<strong>da</strong> e aplaudi<strong>da</strong>.<br />

A prática pe<strong>da</strong>gógica, nessa perspectiva, deixa de ser efetiva<strong>da</strong> pelos<br />

exercícios contínuos de descrição gramatical e estudos de regras para, em seu lugar,<br />

oportunizar ao aluno o domínio <strong>da</strong>s habili<strong>da</strong>des de uso <strong>da</strong> língua em situações concretas de<br />

interação, entendendo e produzindo textos, percebendo as diferenças entre uma forma de<br />

expressão e outra. A descrição <strong>da</strong> língua, nesse sentido, não deixa de ser apresenta<strong>da</strong>, mas<br />

ela é feita em momentos con<strong>textual</strong>izados, colaborando para a melhoria <strong>da</strong> <strong>produção</strong> de<br />

textos dos alunos, para a adequação de seus textos aos objetivos pretendidos junto aos<br />

interlocutores. O trabalho pe<strong>da</strong>gógico, então, contempla linguagem em uso e em situações<br />

de interlocução, instituindo contextos de <strong>aprendizagem</strong> nos quais o aluno, fazendo<br />

ativi<strong>da</strong>des sociais com a linguagem, chega ao processo de interiorização do conhecimento<br />

<strong>da</strong> mo<strong>da</strong>li<strong>da</strong>de escrita. Nesse sentido preservam-se as funções sociais <strong>da</strong> linguagem escrita,<br />

consubstancia<strong>da</strong>s <strong>na</strong>s interações de nossa socie<strong>da</strong>de letra<strong>da</strong>. Conscientiza-se o aluno de que<br />

a fala e a escrita são mo<strong>da</strong>li<strong>da</strong>des, no âmbito <strong>da</strong> linguagem verbal, que apresentam<br />

semelhanças e diversi<strong>da</strong>des relacio<strong>na</strong><strong>da</strong>s às especifici<strong>da</strong>des advin<strong>da</strong>s <strong>da</strong>s diferentes<br />

condições de <strong>produção</strong> dos atos de falar e escrever. Consideram-se as variações formais e<br />

discursivas que marcam diferentes tipos de texto como, por exemplo, os bilhetes, as cartas,<br />

as receitas, as <strong>na</strong>rrativas, as notícias, os poemas, além de textos que se associam a outras<br />

linguagens, como caso <strong>da</strong>s propagan<strong>da</strong>s e dos quadrinhos. Caracteriza-se o aluno como

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