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o ensino/aprendizagem da produção textual na quinta série

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No que se refere à <strong>produção</strong> de textos escritos é essencial que a escola<br />

reflita sobre alguns aspectos concernentes à norma culta, tais como:<br />

a) a <strong>aprendizagem</strong> <strong>da</strong> norma culta deve ser realiza<strong>da</strong>, já que é a considera<strong>da</strong> de prestígio em<br />

nossa socie<strong>da</strong>de e, como tal, é necessária à obtenção <strong>da</strong> promoção social e nivelamento <strong>da</strong>s<br />

diferenças sociais;<br />

b) o dialeto de prestígio deve ser ensi<strong>na</strong>do sem que haja desconsideração às demais<br />

varie<strong>da</strong>des lingüísticas;<br />

c) a lógica do raciocínio pode ser expressa por to<strong>da</strong>s as varie<strong>da</strong>des;<br />

d) a norma culta, como diz Geraldi (1996:59), não é “estática, pronta, i<strong>na</strong>balavelmente<br />

infensa a seu uso nos processos interlocutivos”, mas ela decorre do uso <strong>da</strong> língua feito pela<br />

classe favoreci<strong>da</strong> <strong>da</strong> socie<strong>da</strong>de contemporânea e sofre variações, não podendo, por isso, ser<br />

associa<strong>da</strong> ape<strong>na</strong>s à varie<strong>da</strong>de literária de épocas passa<strong>da</strong>s;<br />

e) a norma culta também sofre, de acordo com ca<strong>da</strong> situação de interação comunicativa,<br />

“uma varie<strong>da</strong>de de formas consagra<strong>da</strong>s pelas pessoas com prestígio social, sobretudo por<br />

aquelas com prestígio cultural” (Travaglia, 1997:65);<br />

f) a competência comunicativa dos alunos não se dá tão somente pela apreensão <strong>da</strong> norma<br />

culta, mas pela plurali<strong>da</strong>de de discursos que abrangem as varie<strong>da</strong>des lingüísticas<br />

emergentes <strong>na</strong> interlocução;<br />

g) são as relações sociais que determi<strong>na</strong>m o que dizemos e o como dizemos;<br />

h) os alunos vivem experiências culturais diferencia<strong>da</strong>s que devem ser compreendi<strong>da</strong>s<br />

como sendo o próprio espelho <strong>da</strong> diversi<strong>da</strong>de huma<strong>na</strong>;<br />

i) o domínio <strong>da</strong> norma culta é essencial para que o aluno a use em situações concretas<br />

formais, mais próximas <strong>da</strong> escrita, mas esse domínio não pode se <strong>da</strong>r através de exercícios<br />

de descrição gramatical, de regras ou terminologias, de forma descon<strong>textual</strong>iza<strong>da</strong> e<br />

artificial;<br />

j) as gramáticas tradicio<strong>na</strong>is não são o único referencial de língua padrão, mas, outras<br />

fontes também o são, principalmente, os meios de comunicação social (jor<strong>na</strong>is e revistas de<br />

boa quali<strong>da</strong>de, por exemplo);<br />

l) o uso <strong>da</strong> língua padrão, <strong>na</strong> escola, se justifica tendo em vista que não faz sentido propor<br />

aos alunos que apren<strong>da</strong>m a varie<strong>da</strong>de que já domi<strong>na</strong>m.<br />

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