08.05.2013 Views

o ensino/aprendizagem da produção textual na quinta série

o ensino/aprendizagem da produção textual na quinta série

o ensino/aprendizagem da produção textual na quinta série

SHOW MORE
SHOW LESS

You also want an ePaper? Increase the reach of your titles

YUMPU automatically turns print PDFs into web optimized ePapers that Google loves.

Quanto ao nível ideacio<strong>na</strong>l, os problemas a serem resolvidos referem-se à<br />

decisão sobre o aproveitamento <strong>da</strong>s idéias e informações extraí<strong>da</strong>s <strong>da</strong> mente, passando, em<br />

segui<strong>da</strong>, para a decisão sobre o como organizar essas idéias formalmente.<br />

Com relação ao nível <strong>textual</strong>, a autora coloca que as decisões devem “levar<br />

em conta não só a estrutura global do texto, mas também do parágrafo, <strong>da</strong> sentença e do<br />

constituinte.” (ibid.:93). Em nível global, o re<strong>da</strong>tor decide sobre o formato de seu texto<br />

(texto <strong>na</strong>rrativo, argumentativo), considerando a sua intenção e o efeito pretendido no<br />

leitor; em nível de parágrafo e de sentença as decisões são toma<strong>da</strong>s de acordo com o<br />

fatiamento informacio<strong>na</strong>l. A paragrafação, ain<strong>da</strong>, “é determi<strong>na</strong><strong>da</strong> também pelo cui<strong>da</strong>do do<br />

re<strong>da</strong>tor em tor<strong>na</strong>r o texto legível para o seu leitor”, além <strong>da</strong>s decisões quanto aos<br />

elementos lingüísticos de coesão entre os parágrafos. Em nível setencial, Kato (op.cit.:94)<br />

ilustra os seguintes aspectos: “a) o que escolher como sujeito; b) qual a informação<br />

colocar <strong>na</strong> oração principal e qual <strong>na</strong> subordi<strong>na</strong><strong>da</strong>; c) que processo sintático usar:<br />

coorde<strong>na</strong>ção ou subordi<strong>na</strong>ção, etc.”<br />

Em nível de constituinte, isto é, a escolha específica <strong>da</strong> palavra, a autora<br />

explica (ibid.:95-96) que, após a decisão <strong>da</strong> palavra apropria<strong>da</strong> para o conceito que se quer<br />

traduzir, o re<strong>da</strong>tor “tem ain<strong>da</strong> que ajustar sua escolha ao contexto maior <strong>da</strong> sentença, para<br />

não infringir regras de concordância, regência ou colocação, ou então terá que fazer<br />

modificações <strong>na</strong> forma setencial já planeja<strong>da</strong>.”<br />

Para a autora, a escrita, então, pressupõe a existência de planos em diversos<br />

níveis e etapas, sendo que o planejamento tem a ver com os objetivos, com as metas<br />

(interpessoal, ideacio<strong>na</strong>l e <strong>textual</strong>), as quais arrolamos acima. Diante disso, concor<strong>da</strong>mos<br />

com a autora (p.86) quando postula que escrever não é “uma simples questão de<br />

inspiração, que pode ser expressa pela fórmula mágica pensou-escreveu.”<br />

Os Parâmetros Curriculares Nacio<strong>na</strong>is de Língua Portuguesa (1997:65-66)<br />

ao tratarem <strong>da</strong> questão <strong>da</strong> prática de <strong>produção</strong> de textos, declaram que a fi<strong>na</strong>li<strong>da</strong>de desta<br />

prática é formar escritores competentes, capazes de produzir textos coerentes, coesos e<br />

eficazes. Usando o termo “escritor” no sentido de pessoas capazes de redigir e não de<br />

escritores profissio<strong>na</strong>is, assim definem um escritor competente:<br />

88

Hooray! Your file is uploaded and ready to be published.

Saved successfully!

Ooh no, something went wrong!