o ensino/aprendizagem da produção textual na quinta série
o ensino/aprendizagem da produção textual na quinta série
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Deixamos claro, aqui, que o foco de nossa pesquisa sobre <strong>produção</strong> <strong>textual</strong><br />
se situa no processo e não ape<strong>na</strong>s no produto. Acreditamos que essa articulação é bem<br />
vin<strong>da</strong>, uma vez que integra o processo global de <strong>ensino</strong>/<strong>aprendizagem</strong> nesta área, aju<strong>da</strong>ndo<br />
a perceber os processos subjacentes à elaboração do discurso escrito, relacio<strong>na</strong>ndo-os ao<br />
seu produto fi<strong>na</strong>l. Em outras palavras, consideramos to<strong>da</strong> a situação em que o ato<br />
comunicativo escrito se deu. Os textos não poderiam ser vistos isola<strong>da</strong>mente, já que<br />
acreditamos que sua análise só teria sentido e vali<strong>da</strong>de se realiza<strong>da</strong> à luz dessa visão global<br />
<strong>da</strong>s circunstâncias <strong>da</strong>s quais emergiram.<br />
Para a conquista dessa visão global a que nos referimos, vale ressaltar que a<br />
nossa presença em sala de aula se deu de forma receptiva, sem nenhum cerceamento ou<br />
interferência que comprometesse a apreensão do processo.<br />
Nesse sentido, poderíamos dizer, inclusive, que pensamos que o<br />
acompanhamento <strong>da</strong>s situações observa<strong>da</strong>s, não afetou a dinâmica de sala de aula, nem <strong>na</strong><br />
atitude do professor ou dos alunos, de modo que as observações feitas refletiram, de forma<br />
bastante aproxima<strong>da</strong>, o como se deu o processo de <strong>ensino</strong>/<strong>aprendizagem</strong> de textos escritos<br />
nessa <strong>série</strong>. O nosso contato com os sujeitos envolvidos foi o mais <strong>na</strong>tural possível e isso<br />
pode ser explicado devido à interação que mantínhamos com professor e alunos, decorrente<br />
de nossas ativi<strong>da</strong>des docentes nesta escola.<br />
Esse fato facilitou as observações <strong>da</strong>s aulas de Língua Portuguesa nessa<br />
<strong>série</strong>, de modo que se evidenciasse a ação pe<strong>da</strong>gógica com a <strong>produção</strong> <strong>textual</strong> aí<br />
desenvolvi<strong>da</strong>. A <strong>na</strong>turali<strong>da</strong>de, ain<strong>da</strong>, foi manti<strong>da</strong> pela honesti<strong>da</strong>de com que realizamos a<br />
pesquisa e pelo comportamento informal que mantínhamos com o professor, não deixando<br />
de explicitar, desde o início e sempre que solicitados, os objetivos de nossa pesquisa.<br />
Sendo assim, o professor estava ciente de que não estávamos ali para<br />
simplesmente nos servimos dos <strong>da</strong>dos investigados, mas, mediante os resultados <strong>da</strong><br />
pesquisa, estávamos dispostos a contribuir, em termos teóricos e de ação concreta, <strong>na</strong><br />
melhoria do <strong>ensino</strong>/<strong>aprendizagem</strong> <strong>da</strong> <strong>produção</strong> <strong>textual</strong>. O sentido de nosso estudo, então,<br />
foi entendido como um esforço em contribuir para o benefício dessa área, que se apresenta<br />
problemática <strong>na</strong>s escolas. O resultado de nossa análise fun<strong>da</strong>mentado <strong>na</strong> reali<strong>da</strong>de concreta<br />
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