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o ensino/aprendizagem da produção textual na quinta série

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Em paralelo ao crescimento diversificado <strong>da</strong> população escolar, afloram-se<br />

os problemas relativos à questão <strong>da</strong> leitura e <strong>da</strong> escrita, comprovados pelo elevado índice<br />

de repetência e evasão escolar no <strong>ensino</strong> fun<strong>da</strong>mental, especialmente, como nos mostra os<br />

Parâmetros Curriculares Nacio<strong>na</strong>is (1997:19), “no fim <strong>da</strong> primeira <strong>série</strong> (...) e <strong>na</strong> <strong>quinta</strong><br />

<strong>série</strong>”. A repetência, <strong>na</strong> <strong>quinta</strong> <strong>série</strong>, acontece “por não conseguir garantir o uso eficaz <strong>da</strong><br />

linguagem, condição para que os alunos possam continuar a progredir até, pelo menos, o<br />

fim <strong>da</strong> oitava <strong>série</strong>”. Tematizam-se explicações para a crise e fracasso escolar, ora<br />

considerando - como salientamos <strong>na</strong> introdução - a escola a culpa<strong>da</strong> pelo fracasso, ora o<br />

aluno, tachado como um ser deficiente.<br />

Perante a má situação lingüístico-pe<strong>da</strong>gógica, que há muito inspira cui<strong>da</strong>dos<br />

no <strong>ensino</strong> de língua mater<strong>na</strong>, chega-se a estabelecer uma relação entre a capaci<strong>da</strong>de verbal<br />

e nível socioeconômico do aluno. Aos poucos, considerando o universo estu<strong>da</strong>do, a crise<br />

no <strong>ensino</strong> de Português centraliza-se então, no aluno, o causador <strong>da</strong> crise <strong>da</strong> linguagem e<br />

do fracasso <strong>da</strong> escola.<br />

Na área do <strong>ensino</strong>-<strong>aprendizagem</strong> de textos escritos, nem os alunos são<br />

atendidos como deveriam, nem os professores se satisfazem com o seu trabalho.<br />

Um amplo debate, pois, é travado sobre a <strong>produção</strong> de textos <strong>na</strong> escola.<br />

Entram em ce<strong>na</strong> diversas pesquisas que visam, ora mostrar os problemas apresentados nos<br />

textos produzidos pelos alunos, nos diversos graus de <strong>ensino</strong>, ora detectar as causas de o<br />

aluno não conseguir escrever ou compreender textos.<br />

Rocco, por meio de algumas pesquisas em torno <strong>da</strong> análise de re<strong>da</strong>ções de<br />

exames vestibulares (1978, 1990, 1994), revela que, no tocante à crise <strong>da</strong> linguagem<br />

escrita, esta vem sendo atenua<strong>da</strong> nessas últimas duas déca<strong>da</strong>s. Em entrevista <strong>da</strong><strong>da</strong> ao jor<strong>na</strong>l<br />

Proleitura (Ago/95), reconhece que, a partir de 1977-1978, com a reintrodução <strong>da</strong><br />

exigência <strong>da</strong> <strong>produção</strong> de textos escritos nos vestibulares, as escolas passaram a se voltar<br />

para as práticas de <strong>produção</strong> de texto escrito. Segundo a autora, suas pesquisas mostram<br />

que, em conseqüência disso, os elevados índices de problemas detectados nos textos vêm<br />

sendo diminuídos, elevando-se, pois, a quali<strong>da</strong>de <strong>da</strong>s re<strong>da</strong>ções dos alunos em situação de<br />

vestibular. Esse <strong>da</strong>do animador, indica-nos que é possível melhorar o nível de desempenho<br />

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