08.05.2013 Views

o ensino/aprendizagem da produção textual na quinta série

o ensino/aprendizagem da produção textual na quinta série

o ensino/aprendizagem da produção textual na quinta série

SHOW MORE
SHOW LESS

You also want an ePaper? Increase the reach of your titles

YUMPU automatically turns print PDFs into web optimized ePapers that Google loves.

168<br />

para nós sair e muito divertido ficar em casa vocês não deviam ter fugido de casa eu estou<br />

sentindo muita falta de voceis.<br />

O texto acima foi produzido tendo em vista a segun<strong>da</strong> proposta (ver<br />

2.1.1.4.2), que, dentre as seis, é a única em que o interlocutor é definido e que conforme se<br />

recor<strong>da</strong> diz:<br />

“Imaginem que seus irmãos tenham fugido de casa. Escrevam para<br />

eles pedindo que eles voltem.<br />

Vocês podem utilizar os seguintes argumentos: que vocês estão<br />

tristes com a ausência deles; vocês podem citar momentos em que<br />

estavam juntos e que sentem sau<strong>da</strong>des deles; coisas que fizeram<br />

juntos, como ir à escola, as brincadeiras; citar momentos alegres<br />

ou tristes juntos.”<br />

Lembremo-nos, ain<strong>da</strong>, de que, além desses argumentos, a professora induz<br />

os alunos a aproveitarem o dia chuvoso, sugerindo-lhes que pensassem que estavam em<br />

suas casas, sozinhos, assistindo à televisão e comendo pipoca e que seria muito bom que<br />

seus irmãos estivessem junto com eles.<br />

Retomando os aspectos anteriores, necessários para a <strong>produção</strong> de um texto,<br />

observamos que o conteúdo/informação expressos no texto, mais uma vez, não são os dos<br />

alunos e sim os excertos postos em destaque pela professora. A razão para que os alunos<br />

escrevam refere-se ao pedido para que os irmãos voltem para casa e, o interlocutor dos<br />

textos, os irmãos que fugiram de casa. No entanto, a situação é irreal, fictícia, realçando<br />

ape<strong>na</strong>s a imagi<strong>na</strong>ção dos alunos, que também é tolhi<strong>da</strong>. A expressão escrita não se<br />

apresenta como uma resposta a um desejo ou a uma necessi<strong>da</strong>de de comunicação, de<br />

interação. O aluno tem o que dizer, o para que dizer e o para quem dizer, mas através de<br />

um contexto em que tudo é falso e imaginário. Na ver<strong>da</strong>de, eles podem até não ter irmãos<br />

e, se o têm, eles não fugiram de casa, portanto, o motivo para escreverem não tem razão de<br />

ser, e, seus textos, não serão lidos pelos desti<strong>na</strong>tários definidos. Eles chegarão às mãos <strong>da</strong><br />

professora, que não é um interlocutor, mas um corretor, um juiz que só os lê para fins de<br />

correção e nota.

Hooray! Your file is uploaded and ready to be published.

Saved successfully!

Ooh no, something went wrong!