08.05.2013 Views

o ensino/aprendizagem da produção textual na quinta série

o ensino/aprendizagem da produção textual na quinta série

o ensino/aprendizagem da produção textual na quinta série

SHOW MORE
SHOW LESS

You also want an ePaper? Increase the reach of your titles

YUMPU automatically turns print PDFs into web optimized ePapers that Google loves.

32<br />

(...) A ver<strong>da</strong>deira substância <strong>da</strong> língua não é constituí<strong>da</strong> por um<br />

sistema abstrato de formas lingüísticas nem pela enunciação<br />

monológica isola<strong>da</strong>, nem pelo ato psicofisiológico de sua<br />

<strong>produção</strong>, mas pelo fenômeno social <strong>da</strong> interação verbal, realiza<strong>da</strong><br />

através <strong>da</strong> enunciação. A interação verbal constitui assim a<br />

reali<strong>da</strong>de fun<strong>da</strong>mental <strong>da</strong> língua. (op.cit.:123)<br />

Dentro de uma concepção interacionista, a linguagem é entendi<strong>da</strong>, então,<br />

como um dos aspectos <strong>da</strong>s diferentes relações que se estabelecem historicamente em nível<br />

sócio-cultural. Ela caracteriza-se por sua ação social.<br />

Nas palavras de Koch (1992:9), a concepção de linguagem como forma<br />

(lugar) de ação ou interação, “é aquela que encara a linguagem como ativi<strong>da</strong>de, como<br />

forma de ação, ação interindividual fi<strong>na</strong>listicamente orienta<strong>da</strong>; como lugar de interação<br />

que possibilita aos membros de uma socie<strong>da</strong>de a prática dos mais diversos tipos de atos,<br />

que vão exigir dos semelhantes reações e ou comportamentos.<br />

Ain<strong>da</strong>, como observa Osakabe (1994:7) “uma linguagem entendi<strong>da</strong> como<br />

uma interlocução e, como tal, de um lado, como processo, e de outro, como constitutiva<br />

(de) e constituí<strong>da</strong> (por) sujeitos.<br />

Decorre <strong>da</strong>í que, numa visão sociointeracionista <strong>da</strong> linguagem, uma questão<br />

se coloca evidencia<strong>da</strong>: a <strong>da</strong> varie<strong>da</strong>de lingüística. Todos sabemos, principalmente pelas<br />

pesquisas sociolingüísticas, que há uma multiplici<strong>da</strong>de de varie<strong>da</strong>des lingüísticas em nossa<br />

socie<strong>da</strong>de que correspondem a variados grupos sociais. Nesse sentido, a percepção <strong>da</strong>s<br />

varie<strong>da</strong>des lingüísticas não se faz, como se observa no interior <strong>da</strong> primeira concepção de<br />

linguagem, com explicações simplistas que refletem o “certo” e o “errado”, o “aceitável” e<br />

o “i<strong>na</strong>ceitável” ou porque uma linguagem é mais rica do que a outra. Penetrando mais<br />

fundo <strong>na</strong> essência <strong>da</strong> linguagem e entendendo que os falantes, enquanto sujeitos,<br />

participam <strong>da</strong> constituição <strong>da</strong> linguagem e não somente se apropriam dela e que a língua<br />

não é um sistema fechado, pronto e acabado, mas está em constante evolução, entende-se<br />

também que to<strong>da</strong>s as varie<strong>da</strong>des existentes em nossa socie<strong>da</strong>de pertencem à nossa língua e<br />

que, embora a língua padrão possua maior prestígio social, as demais varie<strong>da</strong>des possuem,<br />

como a varie<strong>da</strong>de culta, a mesma expressivi<strong>da</strong>de e comunicativi<strong>da</strong>de.

Hooray! Your file is uploaded and ready to be published.

Saved successfully!

Ooh no, something went wrong!