o ensino/aprendizagem da produção textual na quinta série
o ensino/aprendizagem da produção textual na quinta série
o ensino/aprendizagem da produção textual na quinta série
Create successful ePaper yourself
Turn your PDF publications into a flip-book with our unique Google optimized e-Paper software.
102<br />
interesses e dos problemas reais <strong>da</strong> socie<strong>da</strong>de e <strong>da</strong> vi<strong>da</strong>. A <strong>aprendizagem</strong>, desse modo, é<br />
receptiva e automática, prevalecendo a <strong>produção</strong> correta do código escrito culto, visto<br />
como a única variável valoriza<strong>da</strong> para to<strong>da</strong>s as ativi<strong>da</strong>des em sala de aula. Privilegia-se,<br />
ain<strong>da</strong>, a forma, o aspecto material <strong>da</strong> língua, em detrimento do conteúdo e <strong>da</strong> significação.<br />
A <strong>aprendizagem</strong> <strong>da</strong> forma <strong>da</strong>s expressões, então, se dá com conteúdos totalmente alheios<br />
ao grupo social, <strong>da</strong>ndo-se ênfase a modelos a serem reproduzidos e exercitados dentro <strong>da</strong><br />
escola, preparando o aluno para usar essas expressões fora dela.<br />
Tais visões e práticas para o <strong>ensino</strong> <strong>da</strong> <strong>produção</strong> <strong>textual</strong> foram reconheci<strong>da</strong>s<br />
como propiciadoras do fracasso <strong>da</strong> escola, pois ficou evidente que o desempenho<br />
comunicativo dos alunos <strong>na</strong> utilização <strong>da</strong> língua não era promovido. As ativi<strong>da</strong>des<br />
desencadea<strong>da</strong>s em sala de aula eram pouco eficazes, já que o aluno quase nunca transferia<br />
as informações adquiri<strong>da</strong>s para o seu processo de leitura e <strong>produção</strong> <strong>textual</strong>. O <strong>ensino</strong> <strong>da</strong><br />
língua era limitado ao estudo <strong>da</strong> língua em si mesma e por si mesma, logo não auxiliava a<br />
<strong>aprendizagem</strong> de seus usos em contextos sociais.<br />
Pode-se dizer, então, que a artificiali<strong>da</strong>de que envolve a <strong>aprendizagem</strong> <strong>da</strong><br />
re<strong>da</strong>ção <strong>na</strong> escola de <strong>ensino</strong> fun<strong>da</strong>mental é atesta<strong>da</strong> por um grande número de<br />
pesquisadores que, como vimos até aqui, denunciam a prática pe<strong>da</strong>gógica em torno <strong>da</strong><br />
imposição de um tema sem discussão prévia, <strong>da</strong> <strong>produção</strong> de texto ser instaura<strong>da</strong> como<br />
pretexto para o <strong>ensino</strong> <strong>da</strong> gramática normativa, <strong>da</strong> falta de uma visão mais ampla sobre o<br />
<strong>ensino</strong> de língua, de os alunos não se constituírem como sujeitos (locutores) de seu<br />
discurso, de os textos dos alunos não possuírem interlocutor, <strong>na</strong> medi<strong>da</strong> em que escrevem<br />
para o professor, que não é interlocutor, mas um avaliador, que ape<strong>na</strong>s busca os seus erros<br />
e atribui nota à re<strong>da</strong>ção.<br />
1.2.5.4 As alter<strong>na</strong>tivas para o trabalho pe<strong>da</strong>gógico com a<br />
<strong>produção</strong> <strong>textual</strong><br />
Como vimos, uma vasta reflexão sobre a prática pe<strong>da</strong>gógica em torno <strong>da</strong><br />
linguagem escrita registra as falhas que levam ao fracasso escolar nessa mo<strong>da</strong>li<strong>da</strong>de. Novas