o ensino/aprendizagem da produção textual na quinta série
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interlocutiva. Podemos dizer, então, que os problemas apresentados nos textos dos alunos<br />
refletem, de modo significativo, a imagem real do processo pe<strong>da</strong>gógico a que eles foram<br />
submetidos. Os textos a<strong>na</strong>lisados mantêm estreita ressonância com o processo de<br />
<strong>ensino</strong>/<strong>aprendizagem</strong> <strong>da</strong> <strong>produção</strong> de textos, que, ao nosso ver, possui graves falhas que<br />
retraem o desenvolvimento <strong>da</strong> expressão escrita dos alunos.<br />
Em síntese, ressaltamos que, sob o foco <strong>da</strong> análise <strong>da</strong>s condições de<br />
<strong>produção</strong> de textos escritos, o mau desempenho escrito dos alunos retrata o pouco empenho<br />
no encaminhamento teórico-metodológico do processo de <strong>produção</strong> <strong>textual</strong>, que, como<br />
vimos, não incide em situações favoráveis dessas condições de <strong>produção</strong>.<br />
Podemos inferir, <strong>da</strong>í, que apesar dos vários cursos de capacitação,<br />
congressos, pesquisas a respeito do <strong>ensino</strong>/<strong>aprendizagem</strong> de <strong>produção</strong> de textos que<br />
começaram a circular no meio escolar a partir <strong>da</strong> déca<strong>da</strong> de 80, ain<strong>da</strong> hoje, infelizmente,<br />
ocorrem práticas pe<strong>da</strong>gógicas liga<strong>da</strong>s às velhas e empoeira<strong>da</strong>s concepções de <strong>ensino</strong> de<br />
re<strong>da</strong>ção.<br />
É certo, no entanto, que as novas propostas de <strong>ensino</strong> de <strong>produção</strong> <strong>textual</strong><br />
estão sendo incorpora<strong>da</strong>s no plano de curso <strong>da</strong>s escolas e que muitos professores têm-se<br />
esforçado para assimilá-las. Porém, tor<strong>na</strong>-se urgente a mu<strong>da</strong>nça. Os alunos têm o direito de<br />
manejar eficientemente o código lingüístico <strong>na</strong> sua forma escrita e a morosi<strong>da</strong>de <strong>da</strong><br />
transformação por um <strong>ensino</strong> que lhes assegure a proficiência em produzir textos em<br />
situações de interação comunicativa, causa-lhes graves prejuízos perante uma socie<strong>da</strong>de<br />
competitiva como a nossa.<br />
É lícito, pois, in<strong>da</strong>garmos sobre qual será a influência que os cursos de<br />
formação de professores, mais especificamente o Curso de Letras, exercem <strong>na</strong><br />
caracterização do <strong>ensino</strong> de <strong>produção</strong> <strong>textual</strong> que, aqui, esboçamos. Ficamos imagi<strong>na</strong>ndo<br />
sobre o como teria sido a formação <strong>da</strong> professora para a prática do <strong>ensino</strong> <strong>da</strong> <strong>produção</strong><br />
<strong>textual</strong>. É possível reconhecer, por meio de nossa análise, os efeitos de uma adesão<br />
mecânica às orientações caricaturais <strong>da</strong> abor<strong>da</strong>gem tradicio<strong>na</strong>l. Ou então, podemos até<br />
inferir, a<strong>na</strong>lisando o relato <strong>da</strong> professora, que não há orientações e estudos acerca do<br />
processo de <strong>ensino</strong>/<strong>aprendizagem</strong> nessa área.