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o ensino/aprendizagem da produção textual na quinta série

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89<br />

Um escritor competente é alguém que, ao produzir um discurso,<br />

conhecendo possibili<strong>da</strong>des que estão postas culturalmente, sabe<br />

selecio<strong>na</strong>r o gênero no qual o seu discurso se realizará escolhendo<br />

aquele que for apropriado a seus objetivos e à circunstância<br />

enunciativa em questão. Por exemplo: se o que deseja é convencer<br />

o leitor, o escritor competente selecio<strong>na</strong>rá um gênero que lhe<br />

possibilite a <strong>produção</strong> de um texto predomi<strong>na</strong>ntemente<br />

argumentativo; se é fazer uma solicitação a determi<strong>na</strong><strong>da</strong><br />

autori<strong>da</strong>de, provavelmente redigirá um ofício; se é enviar notícias<br />

a familiares, escreverá uma carta. Um escritor competente é<br />

alguém que planeja o discurso e conseqüentemente o texto em<br />

função do seu objetivo e do leitor a que se desti<strong>na</strong>, sem<br />

desconsiderar as características específicas do gênero. É alguém<br />

(...) que sabe expressar por escrito seus sentimentos, experiências<br />

ou opiniões. (...) é, também, capaz de olhar para o próprio texto<br />

como um objeto e verificar se está confuso, ambíguo, redun<strong>da</strong>nte,<br />

obscuro ou incompleto. Ou seja: é capaz de revisá-lo e reescrevêlo<br />

até considerá-lo satisfatório para o momento.(...)<br />

Nessa perspectiva, para que os alunos se tornem escritores competentes,<br />

asseveram que o professor deve colocar as questões centrais <strong>da</strong> <strong>produção</strong> desde o início,<br />

mostrando-lhes “como escrever”, em função do que “pretendem dizer e a quem o texto se<br />

desti<strong>na</strong>, já que “a eficácia <strong>da</strong> escrita se caracteriza pela aproximação máxima entre a<br />

intenção de dizer, o que efetivamente se escreve e a interpretação de quem lê.<br />

Como Geraldi (1995:164), acreditamos que o professor, neste tópico,<br />

escolha de estratégias, deve oferecer ao aluno estímulos variados e criativos para que ele<br />

reveja o grau de adequação do sentido produzido com sua intenção comunicativa:<br />

Talvez seja neste tópico que mais se <strong>da</strong>rá a contribuição do<br />

professor que, não sendo desti<strong>na</strong>tário fi<strong>na</strong>l <strong>da</strong> obra conjunta que se<br />

produz, faz-se interlocutor que, questio<strong>na</strong>ndo, sugerindo, testando<br />

o texto do aluno como leitor, constrói-se como “co-autor” que<br />

aponta caminhos possíveis para o aluno dizer o que quer dizer <strong>na</strong><br />

forma que escolheu.<br />

Entra, neste contexto, a prática de análise e reflexão lingüística, que<br />

substitui a prática centra<strong>da</strong> <strong>na</strong> mera correção gramatical dos moldes tradicio<strong>na</strong>listas,<br />

instituindo o texto do aluno a um processo de reescrita, entendi<strong>da</strong>, aqui, como ativi<strong>da</strong>de de<br />

exploração <strong>da</strong>s possibili<strong>da</strong>des de realização lingüística.

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