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o ensino/aprendizagem da produção textual na quinta série

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pesquisa “A circulação dos textos <strong>na</strong> escola”, que envolveu quinze escolas de primeiro<br />

grau <strong>da</strong>s regiões de São Paulo, que o trabalho de reescrita de textos caracterizou-se pela<br />

“higienização do texto do aluno”.<br />

No seu dizer:<br />

91<br />

A reescrita transformava-se numa espécie de “operação limpeza”,<br />

em que o objetivo principal consistia em elimi<strong>na</strong>r as “impurezas”<br />

previstas pela profilaxia lingüística, ou seja, os textos são<br />

a<strong>na</strong>lisados ape<strong>na</strong>s no nível <strong>da</strong> transgressão ao estabelecido pelas<br />

regras de ortografia, concordância e pontuação, sem se <strong>da</strong>r a<br />

devi<strong>da</strong> importância às relações de sentido emergentes <strong>na</strong><br />

interlocução. Como resultado, temos um texto, quando muito,<br />

“lingüisticamente correto”, mas prejudicado <strong>na</strong> sua<br />

potenciali<strong>da</strong>de de realização. (ibid.:102)<br />

Mais uma vez, então, faz-se lícito observar que as funções, o funcio<strong>na</strong>mento<br />

<strong>da</strong> escrita e as condições <strong>na</strong>s quais os textos escritos são produzidos (para que, para quem,<br />

onde e como se escreve), além <strong>da</strong> valorização do dizer do aluno, devem ser considerados<br />

<strong>na</strong> prática de <strong>produção</strong> de textos escritos e, conseqüentemente, <strong>na</strong> ativi<strong>da</strong>de de reescrita<br />

desses textos.<br />

Importante, ain<strong>da</strong>, ressaltar, que o trabalho didático de análise lingüística,<br />

no que se refere à escolha de estratégias de dizer, deve valer-se de ativi<strong>da</strong>des de leitura para<br />

a reflexão sobre a língua.<br />

Geraldi (1995:181-182) diz que a leitura “permite a exploração <strong>da</strong>s<br />

configurações textuais”. Explica que os textos oferecidos aos alunos não devem servir<br />

como modelos a serem seguidos no que tange aos conteúdos ou à forma. Segundo o autor,<br />

o convívio com os textos veiculados <strong>na</strong> escola oferece aos alunos a oportuni<strong>da</strong>de de<br />

aprender a trabalhar “no e com o trabalho dos outros.” Diante disso, assim se exprime<br />

sobre a ação do professor, ao fazer o leitor atentar para os aspectos configuracio<strong>na</strong>is:<br />

(...) será uma ação mediadora entre leitor e o texto. Mediação que<br />

não deve impor as estratégias do texto que se lê como o único<br />

caminho a ser seguido pelo que aprende; mas mediação que,<br />

alertando para tais aspectos, vai permitindo ao que aprende a sua<br />

própria transformação pessoal pelo fato de dispor, ca<strong>da</strong> vez que lê,

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