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o ensino/aprendizagem da produção textual na quinta série

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1.2.5.1 Distinguindo “re<strong>da</strong>ção” de “<strong>produção</strong><br />

de texto”<br />

Pretendemos, aqui, estabelecer um cenário que distingue, no contexto<br />

escolar, as condições de <strong>produção</strong> <strong>textual</strong> dos alunos, pressupondo o exercício de re<strong>da</strong>ção e<br />

de <strong>produção</strong> de textos. Acreditamos que, a partir desses pressupostos, poderemos entender,<br />

com mais clareza, a problemática com a <strong>produção</strong> <strong>textual</strong> <strong>na</strong> escola.<br />

Geraldi (1995:136), postulando a distinção entre “<strong>produção</strong> de texto” e<br />

“re<strong>da</strong>ção” diz: “nesta, produzem-se textos para a escola; <strong>na</strong>quela produzem-se textos <strong>na</strong><br />

escola.”<br />

1.2.5.1.1 Conceito de re<strong>da</strong>ção<br />

Re<strong>da</strong>ção é um texto escrito sobre um tema proposto (ou imposto) pelo<br />

professor em que o aluno deve pôr em prática as regras gramaticais aprendi<strong>da</strong>s. O exercício<br />

de re<strong>da</strong>ção é artificial, simulado, pois o texto não possui interlocutor e, portanto, não se<br />

configura por uma relação dialógica.<br />

Os temas ou títulos propostos, quase sempre, se repetem ano após ano e,<br />

normalmente, associam-se às <strong>da</strong>tas cívicas e comemorativas como, por exemplo, “Dia <strong>da</strong>s<br />

Mães”, “Dia dos Pais”, “A Primavera”, “A Páscoa”, “O Natal”, “A Independência do<br />

Brasil”, etc., além <strong>da</strong>s re<strong>da</strong>ções a partir de gravuras. É uma ativi<strong>da</strong>de isola<strong>da</strong> em que se<br />

privilegia a forma em detrimento do conteúdo. O aluno deve mostrar que sabe escrever, e,<br />

por isso, preenche a folha em branco com palavras bonitas, agradáveis aos olhos do<br />

professor. Aparecem, aí, os chavões, as frases feitas, os lugares comuns, os clichês e as<br />

expressões metafóricas consagra<strong>da</strong>s. A voz do aluno é cala<strong>da</strong>, para em seu lugar, emergir a<br />

linguagem institucio<strong>na</strong>liza<strong>da</strong>.<br />

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