o ensino/aprendizagem da produção textual na quinta série
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2.1.3. O “depois” <strong>da</strong> <strong>produção</strong> <strong>textual</strong><br />
151<br />
Conforme expusemos <strong>na</strong> introdução deste capítulo, faremos, nesta parte, o<br />
relato e a análise <strong>da</strong>s ativi<strong>da</strong>des de intervenção do professor após a realização <strong>da</strong> <strong>produção</strong><br />
<strong>textual</strong> pelo aluno, ou, em outras palavras, como se desenvolveu a prática pe<strong>da</strong>gógica nesta<br />
etapa.<br />
Sabemos que a <strong>produção</strong> de um texto escrito envolve uma <strong>série</strong> de<br />
ativi<strong>da</strong>des, se se pensar numa abor<strong>da</strong>gem que o vê como um processo, e não como um<br />
produto. Entram, então, nesse processo de escrever algumas reflexões que devem envolver<br />
o usuário <strong>da</strong> língua escrita para que ele veja o seu texto como uma possibili<strong>da</strong>de de se<br />
prestar a novas versões, intentando explorar as possibili<strong>da</strong>des de realização lingüística em<br />
função de um efeito positivo em relação ao objetivo do texto e de seu sentido junto ao<br />
interlocutor. As novas versões que o texto poderá ter, dependem, no entanto, de um<br />
trabalho a ser efetuado ou pelo próprio produtor que, sozinho, através <strong>da</strong> leitura, revisará as<br />
falhas cometi<strong>da</strong>s podendo a partir <strong>da</strong>í, apagá-las, corrigi-las, substitui-las, enfim, reelaborar<br />
o texto de forma que ele seja considerado bom para atender o pretendido, ou com a<br />
interferência de uma outra pessoa que poderá auxiliá-lo nessa refacção, apontando as falhas<br />
cometi<strong>da</strong>s que interferem no bom entendimento do texto. Essa outra pessoa o fará refletir<br />
sobre o operacio<strong>na</strong>mento <strong>da</strong> linguagem no que se refere aos diferentes recursos expressivos<br />
oferecidos pela língua. No primeiro caso, seria necessário que o escritor fosse experiente,<br />
tendo conhecimentos e experiências bastantes sobre a leitura e a escrita, aprendidos em<br />
incontáveis situações de leitura e <strong>produção</strong> escrita. No segundo caso, não sendo experiente,<br />
ele necessita de um mediador que o auxilie a rever o seu texto, visto que sozinho, ain<strong>da</strong> não<br />
consegue perceber to<strong>da</strong>s as i<strong>na</strong>dequações de seu texto. Na escola, especificamente no<br />
<strong>ensino</strong> fun<strong>da</strong>mental, como os alunos não são ain<strong>da</strong> experientes o bastante para o<br />
procedimento relatado, é indispensável que o professor os sensibilizem para a existência de<br />
procedimentos de planejamento, de elaboração e de refacção dos textos, sendo necessários,<br />
pois, neste último, movimentos em que o sujeito apaga, acrescenta, exclui, redige outra vez<br />
determi<strong>na</strong><strong>da</strong>s passagens de seu texto, para ajustá-lo à sua fi<strong>na</strong>li<strong>da</strong>de e aos sentidos<br />
emergentes <strong>na</strong> interlocução. Esse trabalho, nesse caso, é intermediado pelo professor, que<br />
assume o papel de informante e de interlocutor privilegiado, tematizando, numa ação