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o ensino/aprendizagem da produção textual na quinta série

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grande amigo meu.<br />

enja<strong>da</strong>, pá, facões, etc.”<br />

(fragmento do texto 4.1)<br />

161<br />

“Certo dia eu estava se preparando para uma grande caça<strong>da</strong> com um<br />

Eu e o meu amigo levamos, cor<strong>da</strong>, espingar<strong>da</strong>, e um facão...”<br />

(fragmento do texto 4.4)<br />

“Certo dia eu estava me preparando para a caça<strong>da</strong> eu levei armadilhas,<br />

(fragmento do texto 4.7)<br />

“Certo dia estava me preparando para uma grande caça<strong>da</strong> e levei uma<br />

jaula para prender a onça, levei um facão.”<br />

Evidentemente, o que os alunos dizem, nessa situação, não passa de uma<br />

rotulação em que se estabelecem as respostas ao roteiro a ser seguido e a imitação <strong>da</strong><br />

história fictícia cria<strong>da</strong> pela professora de forma oral, quando <strong>da</strong> explicação sobre o que<br />

escrever. Embora a professora tenha ape<strong>na</strong>s “sugerido” o que eles poderiam dizer ao<br />

construírem os textos, percebemos que os alunos acatam as sugestões, assumem-<strong>na</strong>s e as<br />

devolvem à professora para que obtenham uma avaliação positiva. Considerando, pois, o<br />

postulado a priori <strong>da</strong> realização dos textos, não se poderiam esperar atitudes diferentes dos<br />

alunos, ou seja, que surgissem muitas informações que pudessem ser considera<strong>da</strong>s novas<br />

ou cria<strong>da</strong>s pela livre expressão do pensamento deles.<br />

Para ilustrar, ain<strong>da</strong>, que não se abre espaço para o aluno dizer algo<br />

proveniente de sua própria criação, temos os textos desencadeados pela terceira proposta de<br />

re<strong>da</strong>ção, em que ocorre ape<strong>na</strong>s a transcrição do conteúdo veiculado <strong>na</strong>s tiras para a forma<br />

de um texto <strong>na</strong>rrativo. Os alunos, desta feita, reproduzem fielmente as falas dos<br />

perso<strong>na</strong>gens, preocupando-se ape<strong>na</strong>s em transformar a história em texto <strong>na</strong>rrativo. Nesse<br />

caso, os seus textos são transcrições dos textos origi<strong>na</strong>is em que prevalece ape<strong>na</strong>s o<br />

significativo exercício de verbalizar linearmente o conteúdo: o que dizer, então, já está<br />

determi<strong>na</strong>do, bastando um <strong>na</strong>rrador para introduzir o diálogo dos perso<strong>na</strong>gens e para<br />

explicar a situação em que eles estão envolvidos. Os alunos ficam, portanto, liberados <strong>da</strong><br />

tarefa de pensar sobre o que escrever, visto que isso já está sendo proporcio<strong>na</strong>do pela tira.

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