o ensino/aprendizagem da produção textual na quinta série
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(...) constituem muito mais ensejos para exercitar a adequação<br />
<strong>da</strong> linguagem aos padrões <strong>da</strong> norma do que para exercitar a boa<br />
formação de um texto, isto é, a adequa<strong>da</strong> relação entre os<br />
significados (sentido) e a forma, <strong>na</strong> composição de um texto.<br />
(op.cit.:46)<br />
Registra, ain<strong>da</strong>, que à pergunta feita aos professores “Para que se usa a<br />
gramática que é ensi<strong>na</strong><strong>da</strong>?” (op.cit.:10) destacam-se respostas que sugerem o melhor<br />
desempenho lingüístico dos alunos.<br />
Entretanto, o <strong>ensino</strong> <strong>da</strong> gramática, é realizado em tópicos totalmente<br />
descon<strong>textual</strong>izados, tendo objetivo em si mesmo. Questio<strong>na</strong>-se, então, a pressuposição de<br />
que a aquisição de conhecimentos a respeito <strong>da</strong> teoria gramatical realmente leve o aluno a<br />
escrever melhor, leve-o a fazer a transferência desse conhecimento para uso efetivo <strong>da</strong><br />
língua. De acordo com vários autores, a forma como a gramática vem sendo ensi<strong>na</strong><strong>da</strong> não<br />
leva o aluno ao domínio <strong>da</strong> linguagem escrita. De fato, basta pensar no mau desempenho<br />
discursivo dos alunos após to<strong>da</strong> a caminha<strong>da</strong> por anos a fio pela escola, para nos fornecer<br />
um indicador de que o <strong>ensino</strong> de gramática descon<strong>textual</strong>iza<strong>da</strong> não tem sido eficaz e<br />
produtivo.<br />
1.2.5.3.2.3 A concepção estreita de língua<br />
Ao relacio<strong>na</strong>r a prática pe<strong>da</strong>gógica a uma concepção estreita de língua, que<br />
instaura o trabalho alie<strong>na</strong>do no <strong>ensino</strong> do português, Leite (1997:24) se posicio<strong>na</strong> em alto<br />
tom:<br />
98<br />
Na medi<strong>da</strong> em que a escola concebe o <strong>ensino</strong> <strong>da</strong> língua como<br />
simples sistema de normas, conjunto de regras gramaticais,<br />
visando a <strong>produção</strong> correta do enunciado comunicativo culto,<br />
lança mão de uma concepção de linguagem como máscara do<br />
pensamento que é preciso mol<strong>da</strong>r, domar para, policiando-a,<br />
dominá-la (...). Por isso, <strong>na</strong> escola, os alunos não escrevem<br />
livremente, fazem re<strong>da</strong>ções, segundo determi<strong>na</strong>dos moldes (...).