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o ensino/aprendizagem da produção textual na quinta série

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transformações que nela vêm ocorrendo; nesse sentido a “crise <strong>da</strong><br />

linguagem” é, <strong>na</strong> ver<strong>da</strong>de, uma crise <strong>da</strong> instituição escolar.<br />

Concor<strong>da</strong>mos com a percepção crítica de Soares e elencaremos, a seguir,<br />

alguns outros fatores que contribuem para que a problemática exista.<br />

1.2.5.3.2. A artificiali<strong>da</strong>de no <strong>ensino</strong> de re<strong>da</strong>ção<br />

Durante muito tempo, acreditou-se numa prática pe<strong>da</strong>gógica fun<strong>da</strong>menta<strong>da</strong><br />

no <strong>ensino</strong> tradicio<strong>na</strong>l. Nessa prática, as ativi<strong>da</strong>des em torno <strong>da</strong> linguagem eram<br />

caracteriza<strong>da</strong>s por conteúdos escolares distantes do cotidiano do aluno e a escrita era um<br />

ato quase sempre gratuito, proposto de forma descon<strong>textual</strong>iza<strong>da</strong>, sem objetivo e sem<br />

definição do interlocutor. Os alunos deviam escrever sobre um tema imposto para adquirir<br />

destreza no manejo <strong>da</strong>s normas e convenções <strong>da</strong> escrita que primeiro eram a eles<br />

repassados para que depois soubessem escrever. Os textos eram encarados como produtos<br />

e, uma vez gerados, estavam acabados. Não havia, pois, procedimentos ou situações que<br />

levassem os alunos a revisarem ou a refazerem o texto produzido. O professor avaliava o<br />

texto em relação aos saberes metalingüísticos inculcados (vocabulário, gramática,<br />

ortografia), sem comentá-los e sem preocupação com a construção de estratégias de<br />

<strong>produção</strong>, que o aluno deve adquirir. Em situação artificial, os alunos procuravam ajustar<br />

seus textos aos modelos limitados e repetitivos a que tinham acesso e que lhes eram<br />

apresentados como esquemas a serem seguidos.<br />

Esta prática empoeira<strong>da</strong>, embora seja censura<strong>da</strong> por não desenvolver a<br />

consciência crítica dos alunos, que não se inserem como sujeitos, que se lhes impõe a<br />

passivi<strong>da</strong>de para se a<strong>da</strong>ptarem à reali<strong>da</strong>de fragmenta<strong>da</strong> dos conteúdos transmitidos de<br />

forma autoritária pela escola, e que não garante a <strong>aprendizagem</strong> <strong>da</strong> escrita, tem estado<br />

presente <strong>na</strong>s salas de aula, conforme podemos observar nos itens vindouros.

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