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o ensino/aprendizagem da produção textual na quinta série

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Ain<strong>da</strong> que tenhamos as imagens visuais para atribuirmos significação à<br />

seqüência, relacio<strong>na</strong>ndo-as às falas, o texto corresponde a uma desarticulação no plano <strong>da</strong><br />

coerência. Não há relação entre os fatos arrolados, principalmente entre os dois primeiros<br />

quadrinhos e os dois últimos, não constituindo, por isso, um todo aceitável.<br />

No primeiro quadrinho, um dos perso<strong>na</strong>gens, através de sua fala, demonstra<br />

estar sentindo dores físicas, que provêm dos calombos ressaltados em sua cabeça.<br />

Provavelmente, esses calombos sejam provenientes de alguma ação, que não sabemos qual,<br />

realiza<strong>da</strong> pelos perso<strong>na</strong>gens, que seguiram as orientações do “mestre” citado. No segundo<br />

quadrinho, os perso<strong>na</strong>gens demonstram alegria e contradizem a afirmação feita <strong>na</strong> fala do<br />

primeiro quadrinho: agora, “mestre came” estava certo. A lacu<strong>na</strong> a ser preeenchi<strong>da</strong> pelo<br />

leitor, nesse caso, refere-se às ações realiza<strong>da</strong>s pelos perso<strong>na</strong>gens em ambos os<br />

quadrinhos: uma ação que traz conseqüências desastrosas, dores, tristeza e uma outra que<br />

provoca alegria e prazer. Na seqüência, temos outro perso<strong>na</strong>gem, que aparece sem ser<br />

apresentado e que pode ou não ser o dono <strong>da</strong>s falas dos balões, já que o apêndice parece<br />

estar apontado para um outro perso<strong>na</strong>gem que não aparece ali. Também, pelas falas, parece<br />

haver uma discussão que resultará em uma briga. Mas, por que ocorre essa discussão? Com<br />

quem esse perso<strong>na</strong>gem estabelecesse a discussão? O que isso tem a ver com os dois<br />

primeiros quadrinhos? Quem é esse “ele” que foi xingado? To<strong>da</strong>s essas dúvi<strong>da</strong>s só<br />

poderiam ser respondi<strong>da</strong>s pelo aluno, que, questio<strong>na</strong>do pela professora ou por um outro<br />

leitor, poderia elucidá-las. O aluno, ao expor o que pretendia dizer e explicando a versão de<br />

sua história, deveria ser alertado para o fato de a escrita exigir continui<strong>da</strong>de temática,<br />

relação entre os fatos arrolados e organização <strong>da</strong>s idéias. Deveria perceber, através <strong>da</strong><br />

intervenção <strong>da</strong> professora, que, <strong>na</strong>quele momento, ele teve a oportuni<strong>da</strong>de de se explicar,<br />

visto que o leitor estava próximo a ele. Mas, devido ao fato de a escrita prestar-se à<br />

interlocução à distância, to<strong>da</strong>s as suas idéias deveriam ser registra<strong>da</strong>s de forma inteligível<br />

para que o leitor, não estando presente fisicamente, pudesse interpretar sua mensagem.<br />

Seria, então, uma boa oportuni<strong>da</strong>de de o aluno refazer o seu texto, acrescentando as idéias<br />

e explicações que foram ofereci<strong>da</strong>s, por ele, oralmente.

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