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Ana Carolina Galvão Marsiglia UM QUARTO DE ... - Home - Unesp

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131<br />

Ainda que nos documentos oficiais da SEE não aparecesse o termo<br />

“construtivismo”, foi uma questão de tempo para que novos textos fossem elaborados<br />

e explicitassem essa relação.<br />

No período entre 1985 e 1988, professores e especialistas<br />

diretamente envolvidos com o trabalho na rede, participaram do<br />

processo de construção de novas orientações, mas somente em 1988<br />

uma proposta mais elaborada foi apresentada ao conjunto da rede<br />

como alternativa de alfabetização [...]. O referencial teórico<br />

construído com base especialmente nas formulações de Ferreiro e<br />

Teberosky (1985) que na época causaram profundas resistências,<br />

tiveram [sic] o mérito de provocar impacto não só na prática dos<br />

alfabetizadores mas especialmente no adensamento da pesquisa na<br />

área, envolvendo linguistas, pedagogos, psicólogos, sociólogos,<br />

antropólogos dentre outros, além de indicar inúmeras possibilidades<br />

de intervenção pedagógica baseada nos princípios que orientam essa<br />

proposta. (DURAN; ALVES; PALMA FILHO, 2005, p. 96).<br />

Em relação às propostas curriculares, podemos afirmar que em quase todas,<br />

exceção apenas para a proposta de geografia, como veremos adiante, as formulações<br />

teóricas estão sempre direcionadas para o construtivismo. Vale ressaltar, antes de<br />

adentrarmos ao conteúdo das propostas, que a F<strong>DE</strong> dividiu com a CENP 81 a<br />

responsabilidade de levar adiante a discussão das propostas curriculares, iniciada na<br />

gestão anterior e que foram distribuídas para toda a rede a partir de 1988. Nesse<br />

mesmo período as delegacias de ensino 82 promoveram diversas ações de orientação<br />

técnica, seminários e oficinas para diretores e professores, sempre sob a égide do<br />

construtivismo.<br />

Na proposta curricular de língua portuguesa, apesar do tom democrático, que<br />

visava apresentar as propostas como resultado de algo que atende a toda rede, o<br />

documento esclarece que omitiu os debates em sua apresentação.<br />

Neste resumo, omitimos os momentos de tensão e conflito gerados<br />

pela mobilização e revisão de valores estratificados e mesmo pela<br />

incompreensão, num primeiro momento, às novas propostas. É uma<br />

81 A F<strong>DE</strong> e a CENP tinham funções coincidentes “[...] particularmente na publicação de<br />

material para os docentes.” (BORGES, 2001, p. 243). No entanto, esse era um embate político<br />

que o governo não pretendia abraçar.<br />

82 Que passaram à denominação “Diretorias de Ensino” em 1999.

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