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Ana Carolina Galvão Marsiglia UM QUARTO DE ... - Home - Unesp

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162<br />

O indivíduo torna-se assim mais facilmente adaptável às exigências<br />

do mercado de trabalho e às flutuações da ideologia dominante,<br />

flutuações essas necessárias à constante recomposição da hegemonia<br />

das classes dominantes e ao permanente esforço de escamoteamento<br />

das contradições do capitalismo. (DUARTE, 2006c, p. 156).<br />

O esvaziamento ocasionado pelas pedagogias do “aprender a aprender” se<br />

opera na medida em que os indivíduos são preparados para aprender qualquer coisa,<br />

desde que seja útil à sua adaptação social. Não se produz, por meio da adaptabilidade,<br />

juízos críticos, autonomia ou liberdade. Nesse sentido, assevera Moraes (2001, p. 13):<br />

Só a teoria associada a uma intensa renovação pedagógica – e não a<br />

experiência imediata, a narrativa simbólica e descritiva, as histórias<br />

de vida coladas ao cotidiano – são capazes de impedir que os<br />

instigantes “novos objetos” sejam reduzidos a “micros-objetos”,<br />

fragmentos descolados e, ao contrário, se transformem em poderosas<br />

forças críticas a anunciar a criação de uma pedagogia radicalmente<br />

não racista, não sexista e não homofóbica.<br />

Mencionemos, por fim, que ainda temos nesse material o artigo de Odair Sass<br />

(1998), intitulado “Construtivismo e currículo” que, embora adote uma<br />

fundamentação e uma argumentação distintas daquelas empregadas por Tomaz<br />

Tadeu da Silva, Alfredo José de Veiga-Neto, Lucíola Licínio de Castro Paixão Santos e<br />

Antonio Flavio Moreira, converge com eles na tentativa de fazer uma análise crítica do<br />

construtivismo.<br />

Sass elabora seu texto com a finalidade de demonstrar que existem duas<br />

concepções construtivistas (uma fundamentada em Piaget, outra em Vigotski e uma<br />

variante do construtivismo piagetiano denominada “construtivismo pós-piagetiano”)<br />

e que a concepção vigotskiana é compatível com a teoria crítica do currículo escolar<br />

(aqui denominada por nós de teorias “pós-críticas”, como já explicamos<br />

anteriormente). Segundo o autor, “[...] o construtivismo piagetiano e a sua variante<br />

pós-piagetiana colaboram – aplicando um neologismo em voga – para a<br />

desconstrução da escola. No cumprimento desse desígnio, dois alvos dos preferidos<br />

de ataque são o currículo escolar e a desqualificação do professor.” (SASS, 1998, p.<br />

87).

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