13.06.2013 Views

Ana Carolina Galvão Marsiglia UM QUARTO DE ... - Home - Unesp

Ana Carolina Galvão Marsiglia UM QUARTO DE ... - Home - Unesp

Ana Carolina Galvão Marsiglia UM QUARTO DE ... - Home - Unesp

SHOW MORE
SHOW LESS

You also want an ePaper? Increase the reach of your titles

YUMPU automatically turns print PDFs into web optimized ePapers that Google loves.

177<br />

humano começa a aprender – tanto o que lhe é ensinado de forma<br />

intencional quanto o que pode aprender pelo simples fato de estar<br />

vivo –, ao conviver com outras pessoas em ambientes sociais<br />

diversificados. Muitas das coisas que sabemos não nos foram<br />

ensinadas formalmente. (SOLIGO, 2006, M2UET5, p. 6).<br />

Incorporemos ainda o que assevera a autora no item 10: “A relação da família<br />

com a aprendizagem dos alunos e com a proposta pedagógica”. Segundo Soligo (2006,<br />

M2UET5, p. 24), a escola e a família se influenciam reciprocamente e “[...] os pais de<br />

alunos têm como referência sua própria experiência escolar (se a tiveram), ou suas<br />

representações sobre o que deveria ser (quando nunca estudaram).” Dessa forma,<br />

eles agem com ideias predominantes na sociedade (de que escola é lugar para<br />

aprender, a necessidade de disciplina, que o professor sabe o que está fazendo etc.).<br />

Não só porque os pais têm essas representações, mas porque tem direito de<br />

participar da vida escolar de seus filhos, é preciso manter “[...] um diálogo<br />

permanente sobre a proposta pedagógica desenvolvida, as expectativas em relação à<br />

aprendizagem dos alunos e os papéis que cabem à escola e à família,<br />

respectivamente.” (SOLIGO, 2006, M2UET5, p. 25). Esses papéis devem ser tratados<br />

dentro de suas condições reais, isto é, “[...] não faz sentido solicitar que pais<br />

analfabetos ajudem seus filhos na escrita das lições de casa, mas é perfeitamente<br />

possível quando se trata de famílias de classe média.” (SOLIGO, 2006, M2UET5, p. 25).<br />

Retomemos o que apresentamos até aqui, sobre as ideias contidas no módulo 2<br />

do “Letra e Vida”: os textos trabalhados com os alunos devem ser variados, tendo<br />

predominância aqueles que estão diretamente relacionados ao seu uso no cotidiano<br />

(jornal, bilhetes, textos instrucionais); aprende-se em qualquer ambiente, inclusive<br />

na escola; os pais têm representações sobre a escola e podem ser solicitados ou não a<br />

ajudarem seus filhos, conforme sua própria escolarização.<br />

Poderíamos elencar, para cada um desses tópicos, uma pergunta: textos de uso<br />

cotidiano enriquecem a formação do aluno, para além das objetivações em-si? Se<br />

aprendemos também na escola e se seu conteúdo está vinculado à vida cotidiana, o<br />

que a diferencia? Se os pais serão mais ou menos solicitados a participar das lições de<br />

casa, seus filhos aprenderão coisas diferentes, certo?<br />

Reflitamos sobre essas questões. Concordamos que nem tudo o que se aprende<br />

é exclusivamente ensinado na escola. Entretanto, ela é o espaço privilegiado das

Hooray! Your file is uploaded and ready to be published.

Saved successfully!

Ooh no, something went wrong!