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Ana Carolina Galvão Marsiglia UM QUARTO DE ... - Home - Unesp

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pelos frutos conquistados ou não por seus alunos. Parece ser apenas uma questão de<br />

boa vontade, que oculta toda a complexidade das determinações histórico-sociais e<br />

dos interesses capitalistas envolvidos.<br />

171<br />

Duarte (2003) ainda assinala outras ilusões, relacionadas à crença de que na<br />

sociedade atual estaria superada a apropriação da realidade objetiva, que o<br />

conhecimento é só uma convenção cultural e que por isso não há um conhecimento<br />

mais válido que outro. Esses engodos vão ao encontro do discurso pós-moderno, que<br />

já abordamos em outros momentos desse estudo, que tem como consequência tornar<br />

o indivíduo “[...] impotente para intervir e atuar no mundo real.” (MORAES, 2001, p.<br />

7). Ao dissolver as grandes questões teóricas em particularidades desse ou daquele<br />

grupo, perde-se a possibilidade de revolucionar a sociedade, dada a imobilização<br />

promovida pela desarticulação da coletividade, que fragmentada em grupos, não<br />

reconhece nos indivíduos dos outros grupos, a humanidade que os unifica e a<br />

desigualdade produzida e mantida pelo capitalismo. Como afirma Moraes (2001, p.<br />

10-11):<br />

De forma ardilosa proclama-se o novo patamar “democrático”, no<br />

qual deverão constituir-se os modos emergentes de resistência –<br />

ética, política e discursiva – vivenciados por “atores plurais” ou pelas<br />

“múltiplas identidades sociais”. Em tal âmbito não é admitida<br />

qualquer hierarquia de determinações nas relações sociais existentes<br />

– hierarquia que, de todo modo, é resultado inevitável da formação<br />

histórica dessas relações –, de forma que as clivagens ali<br />

escandalosamente evidentes são obliteradas em favor de um<br />

nivelamento das noções de multiplicidade e diversidade,<br />

marcadamente culturais. Definidas no campo da cultura é neste lugar<br />

que a construção das várias identidades encontra sua base e sua<br />

sustentação. Entram em cena os “atores”, saem dela os “sujeitos”.<br />

Atores que articulam relações sempre plurais, sem hierarquias, em<br />

fluxo e mobilidade constantes, atores partilhando com outros<br />

múltiplas e mutáveis identidades e que têm na ambiência cultural já<br />

existente os limites de sua atuação.<br />

Em continuidade à análise dos documentos da gestão Alckmin, passaremos às<br />

considerações sobre os módulos do curso de formação de professores alfabetizadores<br />

“Letra e Vida”.

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