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Ana Carolina Galvão Marsiglia UM QUARTO DE ... - Home - Unesp

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Encontra-se aqui uma incoerência da concepção construtivista, pois um dos<br />

principais eixos de sustentação desta teoria é o cotidiano e a maioria dos textos que<br />

encontramos no nosso dia a dia não está em letras maiúsculas! Cartazes, folhetos,<br />

manchetes de jornais e mesmo muitos livros infantis não estão neste formato.<br />

Aprender as quatro formas de escrita das letras (cursiva e de imprensa, maiúscula e<br />

minúscula), em nada prejudicará a criança. Ao contrário, com repetidas ações<br />

obteremos melhora nas operações cognitivas e motoras, o que acarretará o<br />

automatismo das diferentes formas.<br />

Sobre a segunda questão que destacamos, o conhecimento das letras, para o<br />

construtivismo, nessa aquisição “[...] os nomes das letras precedem o<br />

conhecimento do valor sonoro” (AZENHA, 1993, p. 55, grifo nosso). Este princípio é<br />

condizente com a concepção construtivista porque, em se tratando de um processo<br />

que ocorre atrelado ao desenvolvimento espontâneo, a criança primeiramente será<br />

apresentada às letras para só posteriormente, perceber “naturalmente” (e<br />

vagarosamente) que cada uma dessas letras tem um som. Daí a existência da hipótese<br />

silábica sem valor sonoro que terá como sua sucessora a hipótese silábica com valor<br />

sonoro.<br />

Em uma prática pedagógica fundamentada na psicologia histórico-cultural e na<br />

pedagogia histórico-crítica, encontramos os caminhos para refutar a linearidade do<br />

desenvolvimento que precisa de uma hipótese silábica sem valor sonoro como<br />

antecessora à compreensão do aspecto fonético e a viabilidade/necessidade de se<br />

ensinar relacionando grafemas e fonemas ao mesmo tempo. Cabe ao professor a<br />

tarefa de nortear o ensino de maneira a garantir a aquisição da escrita como<br />

instrumento cultural complexo, pois só assim esse ensino contribuirá no<br />

desenvolvimento efetivo do indivíduo ultrapassando as barreiras da execução<br />

mecânica e da alfabetização inundada de erros ortográficos, que nos remete<br />

justamente ao terceiro item que propusemos para discussão anteriormente.<br />

No construtivismo, ao serem consideradas “alfabéticas”, as crianças<br />

apresentam muitos erros de ortografia. Como afirma o texto “Contribuições à prática<br />

pedagógica 9”, somente quando a escrita alfabética tiver sido conquistada é que a<br />

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