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Ana Carolina Galvão Marsiglia UM QUARTO DE ... - Home - Unesp

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num vai", "vô ponhá isso aí"), as primeiras grafias (como "cadera",<br />

"cortá", "mulé"), a criança vai aprendendo que se tratam de<br />

expressões e formas tão expressivas quanto quaisquer outras e que a<br />

modalidade padrão é uma alternativa e não a linguagem única em<br />

que pode manifestar-se. (SÃO PAULO, 1991c, p. 19).<br />

Em outras propostas curriculares são claras as vinculações com as pedagogias<br />

do “aprender a aprender”. Na proposta de matemática, afirma o texto que “[...] em<br />

grego, MATHEMA quer dizer aprendizagem. Ensinar MATEMÁTICA deveria significar,<br />

então, ensinar a aprender.” (SÃO PAULO, 1988d 84, p. 9, grifo nosso); A defesa dessa<br />

proposta curricular, como se observa, é de um currículo voltado para a vida, no qual o<br />

domínio do conhecimento sistematizado (formal) não se sobreponha ao<br />

conhecimento espontaneamente adquirido na vida diária.<br />

Embora esse documento apresente uma estruturação de conteúdos ampla e<br />

significativa e ressalte que não se deve ter um ensino guiado por aspectos<br />

secundários, isso se contradiz quando a proposta afirma que os conhecimentos não<br />

devem carregar um excesso de formalização. Isso pode ser visto em diferentes<br />

momentos do material. Ao tratar da teoria de conjuntos, defende-se que essas noções<br />

“[...] devem ser trabalhadas intuitivamente, evitando-se toda a simbologia, que tem<br />

caracterizado seu ensino desde as séries iniciais.” (SÃO PAULO, 1988d, p. 30). Em<br />

outro trecho, sobre o ensino de operações, o documento prescreve que se deve “[...]<br />

vincular sua compreensão a situações-problema relacionadas com experiências de<br />

vivências dos alunos” (SÃO PAULO, 1988d, p. 32).<br />

A proposta de educação artística declara que “[...] ao organizar e desenvolver<br />

atividades para o aluno das séries iniciais, é preciso estar atento para os interesses<br />

dele.” (SÃO PAULO, 1992b 85, p. 51). Também enfatiza o documento que a postura do<br />

professor deve ser do “[...] estimulador, instigador, proponente de problemas e<br />

colaborador – no sentido de oferecer dados que permitam ao aluno encontrar<br />

diferentes soluções.” (SÃO PAULO, 1992b, p. 15).<br />

Apesar de o material afirmar a importância da criatividade e de seu resultado<br />

ser compreendido como algo que não se expressa exclusivamente no campo das artes<br />

84 A 1ª edição é de 1986.<br />

85 A 1ª edição é de 1988.

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