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Ana Carolina Galvão Marsiglia UM QUARTO DE ... - Home - Unesp

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199<br />

independem da qualidade da formação e dos salários dos professores<br />

da Educação Básica.<br />

O sucateamento da educação e consequentemente, da formação dos<br />

professores, marcam as políticas educacionais, que se voltam ao atendimento dos<br />

interesses capitalistas como buscamos demonstrar nesse trabalho. Procuramos<br />

revelar como o construtivismo, teoria hegemonicamente estabelecida no Estado de<br />

São Paulo (e podemos dizer também em nosso país), tem ocultado seus reais vínculos<br />

ideológicos por detrás de um discurso progressista, que a um só tempo, culpabiliza os<br />

professores pelos insucessos da escola, desqualifica a formação dos alunos da rede<br />

pública paulista e alimenta uma sociedade injusta, desigual e desumana. Dessa forma,<br />

concordamos com Rossler (2004, p. 85), quando afirma que<br />

[...] se no plano teórico o discurso educacional hegemônico se<br />

embeleza com palavras sedutoras que escondem os interesses a que<br />

se prestam, ou seja, desviar a atenção da verdadeira luta que os<br />

indivíduos devem travar para a superarem as condições de existência<br />

reais, na prática essa mesma educação vem sofrendo uma profunda<br />

adequação à lógica selvagem do capital. O que dificulta ainda mais o<br />

processo de superação das relações sociais de alienação vigentes,<br />

posto que a desqualificação de nosso ensino implica perdas e danos<br />

irreparáveis na formação moral, intelectual e social dos indivíduos. O<br />

que em última instância significa que, em um ou em outro plano, seja<br />

no âmbito do discurso educacional ou no âmbito da realidade<br />

concreta da escola, o que de fato acontece é que a educação acaba<br />

reforçando e contribuindo para a manutenção da realidade social<br />

atual, em vez de contribuir para a sua negação e superação.<br />

Nesse estudo, nos colocamos integralmente em oposição ao comodismo,<br />

imobilismo e pessimismo em relação às possibilidades da transformação da escola.<br />

Mas, como já indicamos, temos clareza que, apesar de sua relevância, esse é um<br />

embate que se encontra no interior da luta maior pela sociedade comunista, que<br />

poderá dar aos indivíduos sua verdadeira condição de sujeitos humanizados,<br />

desenvolvidos em sua plenitude, livres e partícipes do gênero humano em sua<br />

totalidade.<br />

Madalena Freire encerra seu artigo “Aspectos pedagógicos do construtivismo<br />

pós-piagetiano – II”, que só pelo título já nos permite afirmar sua concordância com as<br />

pedagogias do “aprender a aprender”, com uma frase emblemática. Seu texto defende,<br />

como tantos que vimos aqui, a importância em reconhecer os interesses dos alunos,

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