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Ana Carolina Galvão Marsiglia UM QUARTO DE ... - Home - Unesp

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utilizados para a manutenção do fenômeno da alienação (que priva a classe<br />

trabalhadora da apropriação da cultura) e, ao se desmascararem as contradições que<br />

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caracterizam a estrutura atual, exprime-se a necessidade de se instaurar uma nova<br />

estrutura. No caso da educação escolar, trata-se de organizá-la tendo em vista à plena<br />

humanização dos indivíduos, como propõe a pedagogia histórico-crítica.<br />

Devemos mais uma vez sublinhar que a escola não será capaz, de converter a<br />

sociedade capitalista em outro tipo de sociedade. Por essa razão<br />

[...] a construção de uma pedagogia histórico-crítica é parte de um<br />

projeto político socialista. Grifamos que se trata uma parte<br />

fundamental desse projeto e até mesmo que se encontra no centro do<br />

mesmo pois não será possível revolucionar a sociedade, superar o<br />

capitalismo, sem a elevação do nível de consciência da população,<br />

questão essa que está relacionada à da formação de intelectuais e à<br />

das relações entre os intelectuais e as massas e à das relações entre<br />

filosofia e senso comum. (DUARTE, 2006c, p. 283).<br />

Se a superação do capitalismo depende do desenvolvimento da consciência<br />

dos indivíduos e se, na escola, o professor é o alicerce dessa transformação, sua<br />

atuação profissional precisa ser de excelência. Embora milhares de educadores não<br />

poupem esforços para continuar cumprindo seu papel de ensinar, suas condições<br />

objetivas são cada vez mais difíceis em diversos aspectos: baixos salários obrigam os<br />

professores a somar centenas de alunos sob sua responsabilidade e trabalhar<br />

extensas jornadas diárias, em diferentes escolas; o número de alunos por sala é<br />

excessivo; faltam materiais pedagógicos, livros didáticos e paradidáticos; as<br />

condições dos prédios e instalações são débeis; as cobranças por resultados são<br />

muitas; formação inicial e continuada são cada vez mais aligeiradas e calcadas no<br />

“aprender a aprender” (como mostram os materiais da SEE), tendo como<br />

consequência, sua precarização. Como asseveram Evangelista e Shiroma (2005, p. 9):<br />

Os impactos dessa sobrecarga de trabalho produzem efeitos visíveis<br />

na saúde física e mental do trabalhador da educação. Assolado por<br />

cobranças de produtividade, eficiência, empreendedorismo,<br />

criatividade, compromisso com a escola, o professor é obrigado a<br />

desenvolver um senso de sobrevivência que, não raro, o transforma<br />

em um sujeito competitivo que investe suas energias na tentativa de<br />

superar a solidão, a culpa, o fracasso, a impotência, a incompetência,<br />

as incertezas. Nessa seara, a lógica da produtividade encontra<br />

respaldo dando lugar à ideia de que os bons resultados escolares

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