Ana Carolina Galvão Marsiglia UM QUARTO DE ... - Home - Unesp
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eixos básicos (DUARTE, R., 2007; OLIVEIRA, 1999; SOUZA, 1999; VERÍSSIMO et al,<br />
2006; VILELA, 2002;): a racionalização da rede administrativa (reorganização e<br />
informatização da rede), a mudança no padrão de gestão (delegação de competências<br />
administrativas e financeiras às delegacias de ensino) e a melhoria da qualidade do<br />
ensino (com iniciativas no campo pedagógico, de avaliação e na carreira docente).<br />
157<br />
Destacam-se entre as inovações desse período o regime de progressão<br />
continuada 101, a flexibilização curricular 102, o projeto das salas-ambientes 103, a<br />
introdução de mudanças na concepção de avaliação, cujo mecanismo mais importante<br />
foi a instauração do Sistema de Avaliação do Rendimento Escolar do Estado de São<br />
Paulo (SARESP), a reorganização da rede física escolar 104 e o estabelecimento de um<br />
novo plano de carreira “[...] com destaque para jornada de trabalho e jornada<br />
pedagógica, evolução funcional, escala de vencimentos por meio de enquadramento e<br />
extensão de benefícios aos inativos e pensionistas.” (DUARTE, R., 2007, p. 71).<br />
Foram estabelecidas nesta administração diretrizes educacionais que davam<br />
continuidade ao estabelecimento do Estado mínimo, sendo a educação vista como<br />
indispensável ao sucesso econômico e social de uma nação que quer competir<br />
internacionalmente, mais uma vez, voltando-se aos interesses econômicos em<br />
detrimento da busca de uma verdadeira qualidade do ensino na escola pública.<br />
O programa Reorganização das Escolas da Rede Pública, assim como vinha<br />
ocorrendo com projetos das administrações anteriores do governo de São Paulo, era<br />
financiado pelo Banco Mundial. Esse programa era entendido como instrumento de<br />
101 Que ao promover o aluno sem os conteúdos curriculares previstos para sua série<br />
transforma-se numa forma de exclusão, pois marginaliza o educando enquanto<br />
aparentemente o está incluindo (VERÍSSIMO et al, 2006).<br />
102 Especialmente as classes de aceleração, destinadas a corrigir a defasagem do aluno pela<br />
idade/série escolar. Dados oficiais de 1993 (dez anos depois da adoção do construtivismo)<br />
indicavam que 30% dos alunos apresentavam dois ou mais anos de defasagem no Ciclo I e<br />
que esse índice subia para 40% a partir da 5ª série. (SECRETARIA <strong>DE</strong> ESTADO DA<br />
EDUCAÇÃO/F<strong>DE</strong>, 1997).<br />
103 Que pretendia organizar, no Ciclo I, “cantos” na própria classe com materiais das<br />
diferentes áreas: cantinho de ciências, cantinho da leitura etc. e no ciclo II, das salas de aula<br />
de acordo com as disciplinas.<br />
104 Que pretendia racionalizar uso de espaços, pessoal e recursos materiais, reagrupando os<br />
alunos por faixa etária.