Ana Carolina Galvão Marsiglia UM QUARTO DE ... - Home - Unesp
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Entretanto, ao consultar pessoalmente o acervo do CRE, constatamos que noventa e<br />
cinco deles não estavam disponíveis. A informação recebida no local, quanto a essa<br />
questão, foi que parte do acervo se perdeu ao longo do tempo por mudanças de<br />
prédios e deterioração do material. Por meio do CRE (site e prédio do Centro em São<br />
Paulo), conseguimos vinte e sete materiais que foram utilizados em nossa pesquisa. A<br />
F<strong>DE</strong> nos enviou material pelo correio, correspondendo a nove documentos<br />
incorporados aos nossos estudos. Finalmente, quarenta e dois documentos utilizados<br />
por nós foram obtidos por meio de unidades escolares consultadas que têm acervo<br />
próprio ou com professores que possuíam textos de cursos que frequentaram.<br />
O texto está organizado da seguinte forma: no capítulo 1, apresentamos<br />
aspectos históricos e teóricos da pedagogia histórico-crítica, bem como recorremos à<br />
psicologia histórico-cultural para delinear as questões relativas ao desenvolvimento<br />
humano. Esses postulados aparecem logo no primeiro capítulo, pois se trata do estofo<br />
que permeia toda a análise que será empreendida ao longo deste trabalho. O capítulo<br />
2 é destinado à exposição das raízes pedagógicas do pensamento construtivista no<br />
movimento escolanovista e à fundamentação das concepções de conhecimento, aluno<br />
e professor como categorias de análise do ponto de vista teórico-conceitual. No<br />
capítulo 3, inicialmente apresentaremos os antecedentes da adoção do<br />
construtivismo pela SEE e em seguida, discorreremos sobre o primeiro bloco dos<br />
governos que se sucederam no período estudado, demarcado pelas gestões do<br />
Partido do Movimento Democrático Brasileiro (PMDB), que administrou o Estado de<br />
São Paulo de 1983 a 1994. No capítulo 4, analisaremos o segundo bloco de gestões<br />
paulistas, do Partido da Social Democracia Brasileira (PSDB), que assumiu o governo<br />
em 1995, mantendo-se no poder desde então. Nas considerações finais, procuramos,<br />
com base no exposto, retomar nossa tese central a partir da análise desenvolvida<br />
neste trabalho, constatando que o construtivismo, como filiado ao neoliberalismo e ao<br />
pós-modernismo, tem sido adotado hegemonicamente exatamente por se adequar<br />
aos interesses da classe dominante em ofuscar uma verdadeira formação<br />
emancipadora colocando em destaque pressupostos que desqualificam as<br />
possibilidades da educação escolar contribuir para a superação da sociedade<br />
capitalista.<br />
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