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Ana Carolina Galvão Marsiglia UM QUARTO DE ... - Home - Unesp

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Já o objetivo é orientado pelo “para que ensinar algo”. O que vamos ensinar<br />

humaniza o aluno? Mas atender o aluno não é suprir suas necessidades imediatas<br />

(aluno empírico) 18 , mas sim, lhe propiciar ascender do empírico ao concreto pela<br />

mediação do abstrato 19 , – compreender as múltiplas determinações de um fenômeno.<br />

O objetivo esclarece quais são os instrumentos psicológicos que precisam ser<br />

desenvolvidos no aluno concreto 20 .<br />

Em relação ao “como” ensinar, ou seja, quais recursos serão utilizados para<br />

atingir os objetivos traçados? Se ensinarmos algo de uma determinada maneira, o<br />

quanto vamos atingir dos objetivos? De que outras maneiras poderíamos ensinar<br />

para conseguir nos aproximar mais dos objetivos traçados?<br />

Finalmente, sobre os determinantes de realização do trabalho pedagógico, se<br />

trata justamente dos condicionantes que precisamos levar em conta: quem são os<br />

alunos, qual é o conteúdo e quais os recursos disponíveis. Dessa afirmação podemos<br />

concluir que um conteúdo empobrecido ou inadequado aos alunos a que se destina<br />

terá implicações para os resultados do processo de ensino e aprendizagem e que, da<br />

mesma maneira, em condições adversas e recursos impróprios, o trabalho<br />

pedagógico será depauperado.<br />

Dermeval Saviani, no terceiro capítulo do livro “Escola e democracia” propõe<br />

um método pedagógico que superaria tanto o método tradicional como o<br />

escolanovista e, ao apresentar esse novo método, o faz na forma de “passos”,<br />

comparando-os aos que caracterizariam o método tradicional e o escolanovista. Como<br />

o próprio Professor Saviani comenta nesse capítulo, intitulado “Escola e democracia II<br />

o desenvolvimento, ou seja, guia o desenvolvimento psíquico infantil. O que não é o caso dos<br />

termos principal ou predominante, pois os dois têm muito mais a ver com a ideia de atividade<br />

que a criança tem que realizar obrigatoriamente ou que ocupa mais tempo em suas<br />

atividades diárias.” (PRESTES, 2010, p. 163).<br />

18 Segundo Saviani (2004, p. 48), o aluno empírico “[...] como indivíduo imediatamente<br />

observável, tem determinadas sensações, desejos e aspirações que correspondem à sua<br />

situação empírica imediata”. Trata-se portanto, de um recorte do aluno concreto.<br />

19 Alertemos o leitor que estamos utilizando os termos pensamento abstrato e teórico como<br />

equivalentes.<br />

20 O aluno concreto é síntese “[...] das relações sociais que caracterizam a sociedade em que<br />

vive [...]”, expressas não só em sua situação imediata (empírica). Assim, o aluno concreto<br />

precisa apropriar-se das objetivações humanas, ainda que empiricamente não tenha<br />

consciência dessa necessidade, sendo este justamente o dever de ofício do professor.<br />

(SAVIANI, 2004, p. 49).<br />

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