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Ana Carolina Galvão Marsiglia UM QUARTO DE ... - Home - Unesp

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se a atividade do professor, como pode ser lido no texto de Marisa Ramos Barbieri<br />

sobre o ensino de ciências, publicado em material da CENP no ano de 1991:<br />

76<br />

As relações de ensino-aprendizagem dão-se a partir de um programa,<br />

o qual por sua vez, tem muito a ver com o professor, suas decisões<br />

sobre como possibilitar a construção do conhecimento aos seus<br />

alunos. Se ele próprio, enquanto aluno de 1º Grau, teve pouca<br />

oportunidade de construir o seu conhecimento e como licenciado, ou<br />

mesmo como professor, nos cursos de formação que frequentou, não<br />

percebeu suficientemente o processo, só terá uma saída à sua<br />

disposição, se quiser: aprender a partir do saber da criança, na<br />

interação entre elas, registrando, organizando e elaborando o seu<br />

programa. (BARBIERI, 1991, p. 130).<br />

Sem dúvida alguma, esses pressupostos sobre o conhecimento, o aluno e o<br />

professor vão repercutir nas obras sobre alfabetização, especialmente aquelas mais<br />

difundidas a partir da década de 1980, de autoria de Emília Ferreiro e <strong>Ana</strong> Teberosky.<br />

Este é nosso próximo ponto de discussão.<br />

2.5 A ALFABETIZAÇÃO CONSTRUTIVISTA<br />

Poderia parecer, à primeira vista, que a conhecida crítica construtivista aos<br />

métodos de alfabetização invalidaria nossa afirmação de que o construtivismo<br />

prioriza a forma em detrimento do conteúdo, como já explicitamos anteriormente.<br />

Nesse caso, a condenação construtivista dos métodos de alfabetização seria<br />

interpretada como não valorização da forma do processo de alfabetização. Mas tal<br />

interpretação seria um equívoco. Ao contrário da mesma, a condenação dos métodos<br />

de alfabetização pelo construtivismo é, isto sim, uma radicalização da<br />

supervalorização da forma que já existia na pedagogia escolanovista.<br />

Em publicação da CENP cuja primeira impressão data de 1988, Lair Levi<br />

Buarque afirma que Sonia Kramer, em texto publicado em 1986, teria identificado,<br />

[...] nas recentes publicações em educação, duas grandes vertentes: a<br />

que valoriza o produto final (ler e escrever), mas entende-o como<br />

decorrente da aquisição de habilidades (coordenação motora,<br />

discriminação visual, auditiva etc.), o que gera a ênfase primordial na<br />

automação da escrita para, numa segunda etapa, voltar-se para a<br />

compreensão ou interpretação do texto; e uma segunda corrente, que<br />

entende a alfabetização como a compreensão do modo de construção<br />

do conhecimento, daí a valorização das hipóteses que a criança

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