Ana Carolina Galvão Marsiglia UM QUARTO DE ... - Home - Unesp
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estabelecer-se coerentemente com as necessidades de reestruturação do capital<br />
advindas do projeto neoliberal em curso. Esse partido, tendo em vista o quadro de<br />
globalização da economia que já mencionamos antes, não originou mudanças nos<br />
rumos da administração do Estado.<br />
156<br />
Como afirma Rita de Cássia Duarte (2007, p. 25), nas últimas décadas o Estado<br />
interventor tem se encolhido e se tornado apenas um regulador, “[...] submetendo a<br />
sociedade e o próprio Estado aos desmandos do mercado e à adesão às orientações<br />
dos organismos multilaterais”, sendo sob essa égide ideológica neoliberal que a partir<br />
de 1995 Mário Covas vai implantar uma ampla reforma na rede estadual paulista.<br />
4.2 OS GOVERNOS <strong>DE</strong> COVAS<br />
No final de 1994, Mário Covas Júnior vence as eleições estaduais pelo PSDB<br />
para governar o Estado no período de 1995 a 1998, sendo reeleito para um segundo<br />
mandato de 1999 a 2002.<br />
Durante esse período respondeu pela SEE, Teresa Roserley Neubauer da Silva,<br />
tendo sido substituída interinamente no final da administração por Gabriel Benedito<br />
Isaac Chalita. Posteriormente, o cargo foi assumido definitivamente por ele (gestão<br />
Alckmin). Essa mudança de secretário no final da gestão evidenciou “[...] um certo<br />
arrefecimento na face mais truculenta da pasta, apostando, inclusive, nas iniciativas<br />
onde envolvessem afetividade e aproximação do “humilde” professor com o<br />
Secretário.” (VERÍSSIMO et al, 2006, p. 446).<br />
Desde o primeiro ano do governo (1995) a Escola Padrão começou a ser<br />
desativada, pois a gestão Mário Covas considerava que o projeto não havia alcançado<br />
melhoria na qualidade de ensino e novas medidas foram anunciadas, sendo que na<br />
administração anterior elas já se encontravam encaminhadas. (OLIVEIRA, 1999).<br />
O programa Reorganização das Escolas da Rede Pública, estabelecido pelos<br />
decretos nº 40.510, de 04 de novembro de 1995 (SÃO PAULO, 1995b), nº 40.473, de<br />
21 de novembro de 1995 (SÃO PAULO, 1995a) e Resolução SE nº 269, de 05 de<br />
dezembro de 1995 (SÃO PAULO, 1995c), estruturava a reforma do ensino em três<br />
posteriormente substituído pelo Partido Democrático Social (PDS), que por sua vez constituiu<br />
o PFL a partir de seus dissidentes.