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Ana Carolina Galvão Marsiglia UM QUARTO DE ... - Home - Unesp

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A partir de 1893 os grupos escolares foram se disseminando pelo Estado de<br />

São Paulo e serviram de modelo aos demais estados brasileiros. Sua organização<br />

pedagógica pode ser assumida como ainda em vigência, pois equivale às séries iniciais<br />

do ensino fundamental, apesar de atualmente contar com 5 anos nesta etapa da<br />

educação. Saviani (2010) afirma que a implantação dos grupos escolares permitiu a<br />

graduação do ensino, o que tornava mais eficiente o trabalho escolar em classes<br />

divididas pelo nível de aprendizagem e consequentemente possibilitava um melhor<br />

rendimento escolar. Por outro lado, “[...] essa forma de organização conduzia,<br />

também, a mais refinados mecanismos de seleção, com altos padrões de exigência<br />

escolar” (SAVIANI, 2010, p. 175). Com isso, criavam-se barreiras à continuidade do<br />

processo educativo, que por conseguinte levava a um alto índice de repetência na 1ª<br />

série. “No fundo, era uma escola mais eficiente para o objetivo de seleção e formação<br />

das elites. A questão da educação das massas populares ainda não se colocava.”<br />

(SAVIANI, 2010, p. 175).<br />

O atendimento aos filhos da classe trabalhadora só começa a ser pensado a<br />

partir da década de 1920, quando São Paulo apresentava uma população analfabeta<br />

de mais da metade dos indivíduos entre 7 e 12 anos de idade. A Reforma Sampaio<br />

Dória, realizada nesse período, instituiu uma escola primária de dois anos, obrigatória<br />

e gratuita, que acabou por se tornar uma experiência de aligeiramento da<br />

escolarização. No entanto, foi a primeira de um ciclo que modificou vários aspectos da<br />

educação paulista:<br />

92<br />

[...] como a ampliação da rede de escolas; o aparelhamento técnicoadministrativo;<br />

a melhoria das condições de funcionamento; a<br />

reformulação curricular; o início da profissionalização do magistério;<br />

a reorientação das práticas de ensino; e, mais para o final da década,<br />

a penetração do ideário escolanovista. (SAVIANI, 2010, p. 175-177).<br />

No pensamento que permeou a educação paulista do início do século XX, temos<br />

a marca do ideário de John Dewey (que influenciou o Manifesto dos Pioneiros da<br />

Educação Nova), reforçado pela chegada das ideias de Piaget ao Brasil. Vejamos essas<br />

questões.<br />

Apesar de Dewey não ser a única influência do “Manifesto dos Pioneiros da<br />

Educação Nova” (1932), suas ideias foram decisivas em sua elaboração. No

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