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Ana Carolina Galvão Marsiglia UM QUARTO DE ... - Home - Unesp

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que é cobrada desses pesquisadores a realização de estudos e<br />

pesquisas que não percam tempo com embates teóricos e<br />

apresentem soluções imediatas para problemas imediatos. Nesse<br />

contexto, o ecletismo acaba sendo louvado como uma salutar e<br />

realista atitude.<br />

Dessa forma, esse autor nos auxilia a reiterar o que mencionamos no capítulo<br />

2, sobre o fato de que, em última instância, ainda que Sass (1998), Santos e Moreira<br />

(1998), Silva (1998) e Veiga-Neto (1998) tentem afastar a identificação do<br />

construtivismo com o universo ideológico pós-moderno, isso não faz sentido se<br />

compreendermos que suas expressões pedagógicas estão ligadas ao mesmo grupo,<br />

denominado por Duarte (2006c) de pedagogias do “aprender a aprender”.<br />

O outro documento que analisaremos dessa gestão é “A Escola de Cara Nova:<br />

programa de educação continuada” (SÃO PAULO, 1997a). Trata-se de uma publicação<br />

que apresenta a síntese do projeto de educação continuada da SEE, desenvolvido<br />

entre 1996 e 1997. Sua operacionalização se deu a partir da contratação de<br />

universidades (USP, UNICAMP, UNESP, UFSCar 110 e PUC-SP 111 ) e outras instituições<br />

formadoras (Instituto Paulo Freire, Escola da Vila etc.) com o objetivo de garantir um<br />

“novo modelo de formação”. Como enfatiza o documento, diversos programas de<br />

desenvolvimento profissional vinham sendo realizados, mas a despeito disso a<br />

educação não apresentava melhorias significativas. Assim, a proposta era que se<br />

fizesse o rompimento com “formas tradicionais de capacitação”.<br />

O texto procura responder por que são ineficazes essas formas de capacitação<br />

indicando a inadequação dos cursos que eram ministrados às reais necessidades dos<br />

professores; a inexistência de acompanhamento sistemático de avaliação do impacto<br />

dessas capacitações em sala de aula e a predominância da forma de cursos, que<br />

deveria a partir de então ser substituída por “[...] planos integrados de ação educativa<br />

no âmbito de suas regiões, que resultem numa progressiva autonomia para as<br />

delegacias de ensino e para as próprias escolas, acarretando melhoria no<br />

desempenho de seus alunos.” (SÃO PAULO, 1997a, p. 6). O texto explica o insucesso<br />

das formações pela “[...] ausência de ênfase em metodologias vivenciais, passíveis de<br />

110 Universidade Federal de São Carlos.<br />

111 Pontifícia Universidade Católica de São Paulo.

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