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Ana Carolina Galvão Marsiglia UM QUARTO DE ... - Home - Unesp

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196<br />

não independentemente dos estímulos sociais –, com esquemas ou<br />

estruturas que já tem, sobre o meio físico ou social. Retira<br />

(abstração) desse meio o que é do seu interesse. Em seguida,<br />

reconstrói (reflexão) o que já tem, por força dos elementos novos que<br />

acaba de abstrair.<br />

Em contraposição a esses pressupostos, nos amparamos na pedagogia<br />

histórico-crítica para justificar a defesa de outra compreensão do que seja o<br />

conhecimento, o aluno e o professor. Entendemos que o conhecimento resulta das<br />

objetivações humanas e, como tal, deve ser transmitido às novas gerações, para que<br />

estas, ao se apropriarem do patrimônio humano-genérico, possam constituir em cada<br />

indivíduo singular, uma segunda natureza, de origem social (SAVIANI, 2003). Sendo<br />

assim, fica esclarecido que o aluno é o sujeito a ser formado, ao qual devem se dirigir<br />

as ações que promovam o desenvolvimento de suas mais elevadas potencialidades,<br />

porque o ser humano, diferentemente dos animais, é um ser que produz necessidades<br />

cada vez mais complexas, na medida do seu desenvolvimento. Por isso Marx (1984, p.<br />

178, grifo do autor) afirma que o homem “[...] rico é simultaneamente o homem<br />

necessitado de uma totalidade de manifestação humana de vida”.<br />

Para proporcionar aos indivíduos a apropriação da cultura, que lhes permitirá<br />

serem cada vez mais “necessitados”, é indispensável a participação daquele que já<br />

apreendeu o patrimônio cultural. Na escola, essa é a figura do professor, pois dirige o<br />

desenvolvimento psicológico do aluno, colaborando na formação das funções<br />

psicológicas superiores, especificamente humanas, de procedência social. Ainda que a<br />

educação escolar não transforme por si mesma a sociedade, ela pode contribuir<br />

decisivamente na articulação da luta mais ampla por essa transformação, desde que<br />

não esteja alinhada a pedagogias comprometidas com a conservação do capitalismo.<br />

Nesse sentido, a tese que sustentamos ao longo desse trabalho, que nos auxilia<br />

a responder as indagações que fizemos, é de que o construtivismo é elemento<br />

importante da política educacional paulista, por meio do qual a formação da classe<br />

trabalhadora tem sido aligeirada, tendo seus instrumentos de avaliação<br />

estímulos programados por alguma instância institucional, como a escola, por exemplo: ação<br />

de origem exógena, portanto”.

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