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Ana Carolina Galvão Marsiglia UM QUARTO DE ... - Home - Unesp

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132<br />

reação natural a qualquer mudança, sobretudo quando ela questiona<br />

aspectos que refletem problemas de ordem social e mais natural<br />

ainda quando sabemos que o espaço em que interagem as pessoas<br />

para o diálogo e o exercício crítico é sempre “uma arena” onde se<br />

contrapõem concepções e valores, onde as divergências constituem a<br />

condição mesma do trabalho criativo. (SÃO PAULO, 1991c 83 , p. 9-10).<br />

A concepção que gerou resistência e reação dos professores, especialmente no<br />

caso da língua portuguesa, era o construtivismo. Segundo a proposta curricular dessa<br />

área de conhecimento, que se apoia nas hipóteses de escrita de Emília Ferreiro,<br />

descritas no capítulo 2, tendo em vista que elas delineiam uma evolução universal,<br />

afirma-se que na perspectiva que se considera adequada, o essencial é a construção<br />

da aprendizagem,<br />

[...] as hipóteses que a criança vai formulando sobre a escrita e os<br />

modos pelo quais, em um trabalho conjunto, ela a transforma em um<br />

novo instrumento de suas próprias experiências, de representação da<br />

realidade e de comunicação com os outros. (SÃO PAULO, 1991c, p.<br />

28).<br />

Por isso, o que e como ensinar são questões que “[...] não se satisfazem com<br />

uma seriação de unidades, pontos de programa a ser cumprido no ano escolar nem<br />

com um detalhamento de sugestões metodológicas”. Afinal, cada classe deve ser<br />

compreendida de acordo com suas necessidades e particularidades, pois se trata de<br />

“[...] um agrupamento social com uma realidade própria (social e linguística) e com<br />

peculiaridades de comportamento que exigem muito da sensibilidade dos professores<br />

na seleção dos processos graduais e das estratégias pedagógicas eficazes.” (SÃO<br />

PAULO, 1991c, p. 11). Assim, o “dialeto” que a criança traz de sua comunidade deve<br />

ser respeitado sob pena de se ocasionar discriminação e inibição da criança. Ela deve<br />

aprender o “dialeto” padrão sem substituir seu “dialeto”. A escola deve ter<br />

sensibilidade<br />

83 A 1ª edição é de 1986.<br />

[...] em relação às variações linguísticas e colocar a nu os<br />

preconceitos sociais que privilegiam umas e discriminam e<br />

estigmatizam outras. Desde as primeiras expressões (como "nóis

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