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Ana Carolina Galvão Marsiglia UM QUARTO DE ... - Home - Unesp

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que antes era um problema, agora não é mais um obstáculo, visto que já foi<br />

incorporado e tornou-se desenvolvimento efetivo.<br />

Solicitar que o aluno desenhe substantivos abstratos, verbos, adjetivos etc.,<br />

configura-se como instrumento do professor nesta fase. Se antes esse tipo de<br />

solicitação era muito distante das possibilidades da criança, agora se transforma em<br />

desafios cabíveis de serem atendidos. Isto porque a criança já conhece as primeiras<br />

letras e números e deve ser apresentada formalmente ao alfabeto levando em conta a<br />

relação grafemas e fonemas. De posse dos instrumentos culturais e da compreensão<br />

de que é preciso ampliar seu repertório de escrita (relação interpsíquica), o aluno<br />

passa, com auxílio (zona de desenvolvimento iminente), a desenvolver operações que<br />

lhe assegurem a internalização do sistema de escrita (relação intrapsíquica)<br />

tornando-o desenvolvimento efetivo.<br />

Ações de escrita coletiva são importantes nesta fase, pois proporcionam ao<br />

educando um processo paralelo à esfera do sistema de escrita, mas que se imbricará a<br />

ele futuramente. Enquanto as ações individuais desse momento se voltam ao domínio<br />

do código de escrita (pois o aluno ainda não a domina suficientemente para escrever<br />

textos de maneira autônoma), as ações coletivas dirigem-se ao conhecimento sobre as<br />

características dos diferentes tipos de texto que o aluno deve compreender.<br />

Direcionar ações que contribuam no domínio do código escrito é fundamental<br />

para que se possa dar o passo seguinte, da escrita autônoma. Nesse sentido, uma<br />

importante ação do educador é fazer a leitura do alfabeto, pedindo que os alunos<br />

repitam o som que cada letra emite isoladamente, associando seus sons com outros<br />

elementos que sirvam de recurso auxiliar da memória (exemplos: “z” tem o som da<br />

abelha; para emitir o som do “b” precisa encher as bochechas de ar; para ouvir o “d”<br />

tem que morder a língua). Também se deve associar essa leitura à escrita, sinalizando<br />

para as crianças como “desenhá-las” no caderno. Com essas ações, os alunos vão<br />

automatizando a escrita de forma que posteriormente poderão apreender conteúdos<br />

mais elaborados que utilizam essa ferramenta cultural.<br />

Davídov (1988) segue explicando que ao pronunciar as palavras e fazer sua<br />

correspondência gráfica, o aluno assume condição de convertê-la para outras<br />

verificando seu novo significado ou a perda dele (exemplo: Faca / Vaca / Baca). Ao<br />

analisar os sons e assimilar sua função diferenciadora de sentido conforme seu<br />

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